26/12/2007
06/12/2007
Um pedido a São Nicolau:
bons regentes para o Brasil
Um brilho diferente tomou conta das ruas do centro da cidade. O sorriso lindo das duas balizas fez o público parar para ver a graça dos seus corpos leves em incansáveis evoluções acrobáticas à frente dos músicos. O barulho dos pés pequeninos, em marcha, foram um convite para ver a banda passar. Eu fui. Ao som da banda marcial Fundação Bradesco - Jardim Conceição.
Na altura do Pavilhão Nacional, no Calçadão da rua Antonio Agu, os integrantes da banda pararam a marcha e iniciaram a execução do repertório, quando o que estava muito bom ficou ainda melhor com a surpresa da chegada de outra tradicional banda marcial, a da Escola Estadual Prof. Armando Gaban.
Um privilégio foi ouvir e ver o talento musical de alguns dos estudantes de Osasco. Impossível não seguir a marcha dos pequenos músicos das bandas marciais, tão bem regidas.
Observar a forma como o regente trabalha para obter o melhor resultado dos músicos e seus instrumentos é uma aula de relações humanas e liderança. Professores e pais de alunos que freqüentam aulas, regularmente, mas não conseguem aprender, deveriam ter estado ali, no Calçadão da rua Antonio Agu, na noite de 5 de dezembro. Políticos e gestores, também.
O que parece impossível se torna fácil quando há competência para executar o trabalho, respeito e disciplina. Sem esses fatores, é impossível motivar o ser humano para aprender e obter bons resultados.
E foi dessa forma que os regentes das duas bandas marciais, num dado momento, conseguiram juntar os integrantes, sob a regência dos dois, para tocar o coração de todos com “Noite Feliz” e “Papai Noel”.
O público vibrou. Fiquei pensando, comigo mesma, como seriam as notas dos alunos que aprendem música na escola e têm bons regentes.
Hoje, 6 de dezembro, é Dia de São Nicolau, um dos mais populares santos do cristianismo, nascido há 1657 anos. Ele inspirou a lenda do Papai Noel e é o patrono das crianças. Vou pedir ao bom velhinho, a quem são atribuídos milagres, todos associados com a doação de presentes, bons regentes para o Brasil. gisele.jorn@uol.com.br
bons regentes para o Brasil
Um brilho diferente tomou conta das ruas do centro da cidade. O sorriso lindo das duas balizas fez o público parar para ver a graça dos seus corpos leves em incansáveis evoluções acrobáticas à frente dos músicos. O barulho dos pés pequeninos, em marcha, foram um convite para ver a banda passar. Eu fui. Ao som da banda marcial Fundação Bradesco - Jardim Conceição.
Na altura do Pavilhão Nacional, no Calçadão da rua Antonio Agu, os integrantes da banda pararam a marcha e iniciaram a execução do repertório, quando o que estava muito bom ficou ainda melhor com a surpresa da chegada de outra tradicional banda marcial, a da Escola Estadual Prof. Armando Gaban.
Um privilégio foi ouvir e ver o talento musical de alguns dos estudantes de Osasco. Impossível não seguir a marcha dos pequenos músicos das bandas marciais, tão bem regidas.
Observar a forma como o regente trabalha para obter o melhor resultado dos músicos e seus instrumentos é uma aula de relações humanas e liderança. Professores e pais de alunos que freqüentam aulas, regularmente, mas não conseguem aprender, deveriam ter estado ali, no Calçadão da rua Antonio Agu, na noite de 5 de dezembro. Políticos e gestores, também.
O que parece impossível se torna fácil quando há competência para executar o trabalho, respeito e disciplina. Sem esses fatores, é impossível motivar o ser humano para aprender e obter bons resultados.
E foi dessa forma que os regentes das duas bandas marciais, num dado momento, conseguiram juntar os integrantes, sob a regência dos dois, para tocar o coração de todos com “Noite Feliz” e “Papai Noel”.
O público vibrou. Fiquei pensando, comigo mesma, como seriam as notas dos alunos que aprendem música na escola e têm bons regentes.
Hoje, 6 de dezembro, é Dia de São Nicolau, um dos mais populares santos do cristianismo, nascido há 1657 anos. Ele inspirou a lenda do Papai Noel e é o patrono das crianças. Vou pedir ao bom velhinho, a quem são atribuídos milagres, todos associados com a doação de presentes, bons regentes para o Brasil. gisele.jorn@uol.com.br
Fotos: Banda Marcial EE Prof.Armando Gaban (Osasco-SP) e Pamela A. Dias (Menina Noel).
05/12/2007
Quem é Toby?
Venho de um lugar tão lindo como o brilho que trago no olhar.
No meu olhar se poder ver refletido o azul do céu.
Se pode ver, também, o azul das águas do mar do lugar de onde venho.
No céu do meu lugar brincam os amigos pássaros da esquadrilha da fumaça.
Tenho um amigo índio de nome Ypê.
Como eu, o menino Ypê também é filho da Juréia.
Nossa mãe nos acolhe a todos em seu majestoso condomínio de mata verde e fresca.
Lá, habitam seres misteriosos.
Eles guardam tesouros invisíveis para quem não lê com olhar de vaga-lume.
Os vaga-lumes enfeitam o céu quando a noite deita sobre o lugar de onde venho.
Meu olhar tem um brilho lindo como é lindo o meu lugar.
Do meu olhar se pode ver refletido o amor e a inteligência do Criador.
Sou pequenino, mas tenho o porte altivo dos filhos do lugar de onde venho.
O lugar de onde venho pequenino e altivo inspira lendas, histórias e projetos pioneiros para o meu país.
Sou um cão caiçara, filho da Juréia.
Inspirei a primeira coleção de livros para crianças em formato acessível.
Meu maior desejo é um dia poder me ver refletido no seu olhar.
19/11/2007
Bandeira Nacional, por Gisele Pecchio
O menino, a Bandeira e o futuro
Por Gisele Pecchio
"Salve, lindo pendão da esperança, Salve, símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz...”
O brasileiro Lucas, 2 anos, com os braços para o alto e o sorriso emoldurando o rosto pálido, de feições angelicais, foi a mais bela homenagem prestada à Bandeira Nacional presenciada por mim, em 19 de novembro.
Eu saia da repartição pública onde trabalho, por volta das 12 horas, quando encontrei o menino trazido no colo, pela mãe. Ele sorria, com os braços apontados na direção do Pavilhão Nacional. Cheguei a ouvi-lo balbuciar algo, como se estivesse se comunicando com as bandeiras, lá hasteadas.
“É a primeira vez que ele vê bandeiras”, disse a mãe. “Ainda bem que elas estão em perfeito estado e correta apresentação”, pensei comigo mesma. Noutra repartição, da saúde estadual, por onde eu havia passado, pela manhã, o menino encontraria o Pavilhão Nacional em péssimas condições. Uma pena alguns gestores públicos não observarem o respeito a um dos mais importantes símbolos nacionais. É sabido que a ignorância parece estar na moda, mas, no que se refere aos símbolos nacionais, a não observância aos princípios da Lei é condenável.
A chuva fina não foi impedimento para a homenagem única e solitária do menino. Em retribuição ao afeto sincero, soprado pelo vento leve o céu de puríssimo azul, a verdura sem par das nossas matas e o esplendor do Cruzeiro do Sul tremularam em saudação exclusiva. Só Lucas entendeu o significado particular daquela saudação.
Eu, maravilhada com a cena, sorri para a mãe e para o menino que alheio continuava olhando firme na direção do verde lábaro estrelado, ladeado pelas bandeiras do Estado de São Paulo e do Município de Osasco.
Nos olhos verdes do menino brilhavam em profusão as cores do “querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil!”, como escreveu o poeta Olavo Bilac e compôs o músico Francisco Braga.
Lá, diante da Bandeira Nacional, perto do meio do dia dedicado a Ela estavam apenas o menino, no colo da mãe, e eu, admirada com a beleza da imagem à minha frente. Sem cerimônia, sem hino. Só a chuva fina e o vento suave trazendo à memória os tempos em que não ignorar era moda. gisele.jorn@uol.com.br
”...Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!...”
07/11/2007
ENTREVISTA
Neste sábado, às 3 da tarde, entrevista com a autora da Coleção Toby, Gisele Pecchio, no programa Caminhos Alternativos (Rádio Trianon AM 740). É um programa de entrevistas do radialista e professor de jornalismo Luiz Deganello, doutorado pela ECA/USP, membro da Fundação Padre Anchieta, ex-diretor da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (Fito) onde foi um dos idealizadores do curso de Jornalismo. Na entrevista, ao vivo, Gisele falará sobre os caminhos percorridos por ela, com a Coleção Toby, e sobre as surpresas e revelações ao longo dessa jornada, iniciada em 2003 com Um par de asas para Toby. Haverá participação dos ouvintes do programa, por telefone, e sorteio de livro da Coleção Toby em tinta ou braile+CD.
Caminhos Alternativos
Sábado, 10/11, às 3 da tarde
Rádio Trianon AM 740 (Capital)
Universal AM 810 (Baixada Santista)
Apresentação: Luiz Deganello
Participação especial: Dra. Beatriz Goldberg
01/11/2007
Vera Zednik e Rosangela Gera: mães escrevem à Gisele Pecchio
SÃO PAULO (SP) - Prezada Gisele, admiramos muito seu trabalho e sensibilidade.
A partir deste e-mail, vou admirá-la ainda mais, pela mente privilegiada, que não ficou cristalizada como a da maioria dos intelectuais, ou das pessoas que se imaginam em posição de plateia, enquanto o mundo passa ao seu redor, apontando as mais diferentes necessidades, nos que buscam e/ou esperam, tão somente, um olhar ajustado, feito o seu. Pena eu não me encontrar ao seu lado, naquele momento [palestra que inspirou o artigo abaixo, no Blog].
COLATINA (ES) - Gisele , não há o que comentar, está tudo aí nas suas palavras . Ou melhor, há sim o que comentar. Quero dizer que você faz valer aquele trecho bíblico que diz: "vós sois o sal da terra", a exemplo de poucos que vamos conhecendo pela vida, você está entre os que fazem a diferença, os que salgam, não?
A partir deste e-mail, vou admirá-la ainda mais, pela mente privilegiada, que não ficou cristalizada como a da maioria dos intelectuais, ou das pessoas que se imaginam em posição de plateia, enquanto o mundo passa ao seu redor, apontando as mais diferentes necessidades, nos que buscam e/ou esperam, tão somente, um olhar ajustado, feito o seu. Pena eu não me encontrar ao seu lado, naquele momento [palestra que inspirou o artigo abaixo, no Blog].
Mas estou aqui, como você, lutando por essa causa e por outras, de maneira exaustiva, sendo paciente impacientemente, para tentar enfrentar tais desconstruções, em silêncio e no anonimato. Porém, firmemente, com o propósito de cumprir a minha parte, nessa ampla responsabilidade de todos (seres sociais que somos), com o intuito de ajudar a transformar essa perversa realidade, que a maioria das pessoas que têm em mãos a possibilidade de fazer a diferença, nem percebe, como esse escritor [a personalidade citada no artigo].Quem serão os deficientes?
Sou Vera Zednik, presidente e fundadora do Projeto Acesso.
Tomarei a liberdade de lhe enviar a primeira edição de nosso Boletim Informativo, com a esperança de que, em algum momento, possamos receber a sua visita amiga.
Venha conhecer de perto nosso trabalho. Com toda modéstia, vimos orientando uma prática educacional, para que nossos alunos se integrem de maneira ajustada, produtiva e feliz.
Um grande abraço, de quem muito a admira.
Vera Zednik
Sou Vera Zednik, presidente e fundadora do Projeto Acesso.
Tomarei a liberdade de lhe enviar a primeira edição de nosso Boletim Informativo, com a esperança de que, em algum momento, possamos receber a sua visita amiga.
Venha conhecer de perto nosso trabalho. Com toda modéstia, vimos orientando uma prática educacional, para que nossos alunos se integrem de maneira ajustada, produtiva e feliz.
Um grande abraço, de quem muito a admira.
Vera Zednik
COLATINA (ES) - Gisele , não há o que comentar, está tudo aí nas suas palavras . Ou melhor, há sim o que comentar. Quero dizer que você faz valer aquele trecho bíblico que diz: "vós sois o sal da terra", a exemplo de poucos que vamos conhecendo pela vida, você está entre os que fazem a diferença, os que salgam, não?
Mais uma vez parabéns pela iniciativa. Quero mesmo dizer-lhe obrigada, pela Laura e por todas as crianças cegas do Brasil.
Rosangela Gera
Ilustração: mensagem Natal/2005 enviada por Gisele Pecchio, contendo texto relacionado às prioridades eleitas quando se tem sensibilidade para valorizar o essencial. O texto foi inspirado em fato observado por Gisele numa situação do cotidiano. Para imprimir, basta clicar sobre a imagem e acionar a impressora.
28/10/2007
Livro acessível é problema de todos nós. Por Gisele Pecchio
Está na hora de parar de jogar nas costas do Estado e dos governos a solução que passa pelo comprometimento individual de todos os cidadãos.
— Seria motivo de alegria para você saber que uma criança cega conseguiu comprar um livro seu, numa livraria?
Por e-mail
— Seria motivo de alegria para você saber que uma criança cega conseguiu comprar um livro seu, numa livraria?
— A criança sim é que teria motivo para se alegrar, não eu.
A pergunta é minha e a resposta é de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Não citarei quem é por respeito à sua obra e por considerar o episódio um momento infeliz. E quem jamais passou por isso? Só quem nunca praticou a palavra. Hábil no arranjo das mesmas, depois de reorganizadas elas foram apresentadas assim:
— Bem, claro que me alegraria, mas esse assunto é problema do governo. O Lula não comprou um único livro meu. O projeto desse governo é diferente. O Fernando Henrique distribuiu 70 milhões de livros, mas esse governo pensa diferente. Eu penso que isso que você pergunta, sobre as crianças excepcionais, é para o governo resolver.
O silêncio se fez durante alguns segundos, enquanto eu procurava nos olhos do público algum comprometimento com o assunto trazido à luz das velas arranjadas sobre as mesas, um leve toque romântico para aquecer a noite dedicada à famosa personalidade do mundo das letras. Antes, meus olhos procuraram nos olhos da personalidade um brilho de entusiasmo pelo tema. Não encontrei. Uma outra pergunta salvou a personalidade de refletir sobre o abismo que separa os não videntes do mundo dos livros e das letras.
Foi perguntado quais os livros lidos pela personalidade que mais a agradaram. A resposta foi a citação de vasta bibliografia, desde a infância, começando por Monteiro Lobato, lido até perto dos treze anos, passando pela adolescência e juventude, quando surgiu o encantamento pelos autores franceses. Um lapso na memória lhe fez esquecer o nome de uma obra de Marcel Proust. Um assessor veio em seu socorro e completou: “Em busca do tempo perdido”? Uma providencial ajuda, retribuída com largo sorriso de confirmação.
Sobre os livros lidos nos dias de hoje, foram enumerados alguns títulos, entre eles a biografia do ex-presidente do Brasil, FHC, citado três vezes na ilustre fala. No final da longa e metódica resposta, percebi sutil melancolia após uma pausa para respirar.
Depois de tantas citações bibliográficas, o desejo de retomar a prosa sobre o formato acessível havia ficado no passado. Ninguém ali, fora eu, parecia estar interessado nesse papo. O público queria o de sempre: saber sobre como se dá o processo de criação de um bom texto literário, sobre os títulos e autores favoritos.
A intenção da minha pergunta foi suscitar a reflexão de um grande nome da literatura brasileira para uma questão de interesse de mais de um milhão de brasileiros cegos e de cinco milhões de pessoas com baixa visão, em todo o Brasil. Fora os pais e mães que lutam todos os dias para vencer os obstáculos da exclusão e da falta de livros em formato que possa ser lido com autonomia pelos seus filhos.
Percebi na resposta dada à minha pergunta o quão distante de parte importante da realidade estão algumas personalidades, tão envolvidas com a produção, divulgação e sucesso de suas criações, inclusive junto ao lobby governamental, capaz de garantir atraentes números na tiragem de livros vendidos. Pude entender como se sentem os famosos quando são preteridos por esse ou por aquele governo, restando-lhes, de tempos em tempos, a competitiva sobrevivência no mercado.
Após quatro anos de aprendizado livre, editando os meus próprios livros, escrevendo para todos, percebo o quão feliz sou por não precisar atribuir ao governo ações que também são de minha própria responsabilidade. Como é bom ter a certeza de que meus livros não estão estocados em armários de escolas públicas, como algumas vezes flagrei obras de autores famosos, de fino acabamento, compradas pelo governo, sem jamais cumprir o seu destino nas mãos de professores e alunos.
Por e-mail
Prezada Gisele:
Admiramos muito seu trabalho e sensibilidade.
A partir deste e-mail, vou admirá-la ainda mais, pela mente privilegiada, que não ficou cristalizada como a da maioria dos intelectuais, ou das pessoas que se imaginam em posição de platéia, enquanto o mundo passa ao seu redor, apontando as mais diferentes necessidades, nos que buscam e/ou esperam, tão somente, um olhar ajustado, feito o seu. Pena eu não me encontrar ao seu lado, naquele momento.
Mas estou aqui, como você, lutando por essa Causa e por outras, de maneira exaustiva, sendo paciente impacientemente, para tentar enfrentar tais desconstruções, em silêncio e no anonimato. Porém, firmente, com o propósito de cumprir a minha parte, nessa ampla responsabilidade de todos (seres sociais que somos), com o intuito de ajudar a transformar essa perversa realidade, que a maioria das pessoas que tem em mãos a possibilidade de fazer a diferença, nem percebe, como esse escritor ou escritora (você não revela).
Quem serão os deficientes?
Sou Vera Zednik, presidente fundadora do Projeto Acesso.
Tomarei a liberdade de lhe enviar a primeira edição de nosso Boletim Informativo, com a esperança de que, em algum momento, possamos receber a sua visita amiga.
Venha conhecer de perto nosso trabalho, com toda modéstia, vimos orientando uma prática educacional, para que nossos alunos se integrem de maneira ajustada, produtiva e feliz.
Um grande abraço, de quem muito a admira.
A partir deste e-mail, vou admirá-la ainda mais, pela mente privilegiada, que não ficou cristalizada como a da maioria dos intelectuais, ou das pessoas que se imaginam em posição de platéia, enquanto o mundo passa ao seu redor, apontando as mais diferentes necessidades, nos que buscam e/ou esperam, tão somente, um olhar ajustado, feito o seu. Pena eu não me encontrar ao seu lado, naquele momento.
Mas estou aqui, como você, lutando por essa Causa e por outras, de maneira exaustiva, sendo paciente impacientemente, para tentar enfrentar tais desconstruções, em silêncio e no anonimato. Porém, firmente, com o propósito de cumprir a minha parte, nessa ampla responsabilidade de todos (seres sociais que somos), com o intuito de ajudar a transformar essa perversa realidade, que a maioria das pessoas que tem em mãos a possibilidade de fazer a diferença, nem percebe, como esse escritor ou escritora (você não revela).
Quem serão os deficientes?
Sou Vera Zednik, presidente fundadora do Projeto Acesso.
Tomarei a liberdade de lhe enviar a primeira edição de nosso Boletim Informativo, com a esperança de que, em algum momento, possamos receber a sua visita amiga.
Venha conhecer de perto nosso trabalho, com toda modéstia, vimos orientando uma prática educacional, para que nossos alunos se integrem de maneira ajustada, produtiva e feliz.
Um grande abraço, de quem muito a admira.
Vera Zednik
Gisele Pecchio é jornalista e autora dos livros Um par de asas para Toby e Toby e os Mistérios da Floresta, pioneiros no formato acessível para crianças, à venda nas lojas da Livraria Cultura ou pelo site: www.livrariacultura.com.br
22/10/2007
CARTA DE MÃE
Parabéns Gisele, pelo seu trabalho .
A sua iniciativa de escrever livros inclusivos é uma verdadeira lição de ética e cidadania a todos os demais escritores de literatura infantil que tanto falam sobre a necessidade de estimular a leitura de nossas crianças e que desconsideram aquelas que precisam de um outro código para compreender letras e palavras.
Livros infantis escritos em braile geralmente tratam do assunto deficiencia, isso não é literatura para criança . Criança cega assim como qualquer outra quer ouvir e ler histórias sobre florestas , princesas, castelos, festas, bichos , etc.
Você escreve literatura infantil de verdade para qualquer criança , num esforço pessoal conseguiu nos mostrar que é possivel tornar esse bem tão precioso na vida de toda pessoa , acessivel , factivel, realizável . Parabéns por mostrar principalmente isso, é possivel escrever e vender livros para todas as crianças, inclusive áquelas que são cegas .
Um grande abraço para voce e uma beijoca da Laura ,
Rosangela
Rosangela Gera é médica, em Colatina (ES), mãe de Laurinha, 4 anos, que aos dois anos de idade foi presenteada pela mãe com os dois primeiros livros em braile da sua vida: Um par de asas para Toby e Toby e os Mistérios da Floresta. Laura é personagem do terceiro livro da Coleção Toby, UMA AVENTURA NA AMAZÔNIA - RAYCHA, já disponível em braile, 108 páginas.
A sua iniciativa de escrever livros inclusivos é uma verdadeira lição de ética e cidadania a todos os demais escritores de literatura infantil que tanto falam sobre a necessidade de estimular a leitura de nossas crianças e que desconsideram aquelas que precisam de um outro código para compreender letras e palavras.
Livros infantis escritos em braile geralmente tratam do assunto deficiencia, isso não é literatura para criança . Criança cega assim como qualquer outra quer ouvir e ler histórias sobre florestas , princesas, castelos, festas, bichos , etc.
Você escreve literatura infantil de verdade para qualquer criança , num esforço pessoal conseguiu nos mostrar que é possivel tornar esse bem tão precioso na vida de toda pessoa , acessivel , factivel, realizável . Parabéns por mostrar principalmente isso, é possivel escrever e vender livros para todas as crianças, inclusive áquelas que são cegas .
Um grande abraço para voce e uma beijoca da Laura ,
Rosangela
Rosangela Gera é médica, em Colatina (ES), mãe de Laurinha, 4 anos, que aos dois anos de idade foi presenteada pela mãe com os dois primeiros livros em braile da sua vida: Um par de asas para Toby e Toby e os Mistérios da Floresta. Laura é personagem do terceiro livro da Coleção Toby, UMA AVENTURA NA AMAZÔNIA - RAYCHA, já disponível em braile, 108 páginas.
Fórmula1
Teve corrida fora do autódromo de Interlagos, domingo, 21/10. Foi na loja da Livraria Cultura do Market Place Shopping Center. Toby viajou no trem da CPTM, ao lado dos torcedores da Fórmula 1, mas desceu na estação Morumbi e foi enfrentar a corrida pelos leitores numa das lojas da primeira e única livraria onde podem ser encontrados os livros de Gisele Pecchio: Um par de asas para Toby e Toby e os Mistérios da Floresta, em tinta, braile+CD.
Literatura para Crianças e Acessibilidade: Quem é Toby? foi tema da palestra de Gisele Pecchio na loja do Market Place Shopping Center, domingo, 21/10/07, antes de autografar os livros em tinta e braile+CD. A Livraria Cultura é a primeira e única loja onde os livros Um par de asas para Toby e Toby e os Mistérios da Floresta podem ser encontrados pelo público, também pelo site: www.livrariacultura.com.br, com entrega para todo o Brasil e outros países.
A menina Kimberly, 9 anos, que mora no Butantã (SP) estava acompanhada dos irmãos Kevyn e Milton Mazetto, este último historiador, cursando o mestrado na USP. São filhos de Yara, colega acemista (YACM) desta autora. A linda Kimberly já sabia tudo sobre a temida Jararaca, citada no diálogo de Toby com o menino-índio Ypê, em Toby e os Mistérios da Floresta. Ela mora perto do Instituto Butantã, em São Paulo, onde são feitas vacinas e extraída a matéria-prima ao fabrico de muitos remédios para salvar vidas a partir do veneno da cobra que salva mais do que pode matar com o seu veneno.
A equipe de Eventos da Livraria Cultura, coordenada pela Andrea Ferreira Marques, está de parabéns pelo profissionalismo como cuida dos preparativos para receber os escritores nas lojas da Cultura. Fui muito bem recebida e valorizada. Agradeço, em especial, à Danielli Morelli (Loja Market Place) e aos técnicos Davi e Santana, que cuidaram do som e do audiovisual durante a minha palestra, seguida de sessão de autógrafos.
18/10/2007
LIVRARIA CULTURA - MARKET PLACE
Gisele Pecchio conversa com o público, crianças de todas as idades, exibe DVD explicativo de seu trabalho autoral e autografa seus livros em tinta, braile e áudio no auditório da Livraria Cultura - Market Place Shopping, dia 21/10, domingo, às 16 horas. A entrada é franca para conhecer as histórias e personagens que inspiraram a primeira coleção de livros para crianças no formato acessível.
A autora também participou do 3º Corredor Literário na Paulista, dia 12, onde inaugurou o Café Hora da Razão, com Pedro Bandeira, Ruth Rocha e Ignácio de Loyola Brandão, entre outros escritores. O formato acessível foi o tema defendido por Gisele, para quem "tão ruim como não ter dinheiro para comprar um livro é ter o dinheiro e não encontrar o livro no formato acessível, como ocorre com o deficiente visual". Mais informações em www.livrariacultura.com.br
LIVRARIA CULTURA
Dia 21/10
16 horas
Market Place
avenida Chucre Zaidan, 902
próx.estação CPTM Morumbi
A autora também participou do 3º Corredor Literário na Paulista, dia 12, onde inaugurou o Café Hora da Razão, com Pedro Bandeira, Ruth Rocha e Ignácio de Loyola Brandão, entre outros escritores. O formato acessível foi o tema defendido por Gisele, para quem "tão ruim como não ter dinheiro para comprar um livro é ter o dinheiro e não encontrar o livro no formato acessível, como ocorre com o deficiente visual". Mais informações em www.livrariacultura.com.br
LIVRARIA CULTURA
Dia 21/10
16 horas
Market Place
avenida Chucre Zaidan, 902
próx.estação CPTM Morumbi
clipping: Jornal Página Zero/redação: Daniel Soares
Ano XV nº 787 Caderno B3
15/10/2007
Market Place Shopping Center
Literatura para Crianças e Acessibilidade - Quem é Toby?
Gisele Pecchio conversa com o público, crianças de todas as idades, e autografa seus livros em tinta, braile e áudio no auditório da Livraria Cultura - Market Place Shopping, dia 21/10, domingo, às 16 horas.
Venha conhecer as histórias e personagens que inspiraram a primeira coleção de livros para crianças em formato acessível.
LIVRARIA CULTURA
Dia 21/10
16 horas
Market Place
avenida Chucre Zaidan, 902
próx.estação CPTM Morumbi
14/10/2007
"Tão ruim como não ter dinheiro para comprar um livro é ter o dinheiro e não achar o livro que possa ser lido, como ocorre com os deficientes visuais, pela ausência de livros digitais ou em braile nas livrarias e bibliotecas", falou Gisele Pecchio, em palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), durante o 3º Corredor Literário na Paulista, dia 12/10.
13/10/2007
Autora da Coleção Toby com o público, entre eles integrantes do Grupo Terra (ao fundo) e crianças como a menina Mariane, 6 anos, que acompanhou a autora na leitura de trechos de seus livros e a auxiliou durante toda a palestra, assim como a estudante Pamela, 14, autora das fotos de celular, publicadas no blog, dia 12/10/07, na Fiesp.
06/10/2007
Coleção Toby aniversaria no Corredor Literário
Literatura para Crianças e Acessibilidade - Quem é Toby? é o tema da palestra de Gisele Pecchio, dia 12, às 15h., no Café Hora da Razão do 3º Corredor Literário na Paulista. A palestra antecede debate com o escritor Pedro Bandeira sobre o tema: Inteligência e Sensibilidade. Nesta data, a Coleção Toby aniversaria. São quatro anos de trabalho autoral independente, pioneiro no Brasil no formato acessível (tinta, braile, Mp3 e web).
A escritora, na foto com aluno do Instituto de Cegos Padre Chico (IPC), resume assim os quatro anos de trabalho autoral: “Aprendi com os alunos do IPC, escola modelo para o Brasil na alfabetização pelo sistema braile, a ver com olhos de vaga-lume e não omitir o verbo. Aprendi com os estudantes, professores e pais, nos lugares visitados por mim, a compartilhar o belo contido no simples. O melhor de tudo é saber que o aprendizado continua”.
Gisele Pecchio convida a todos para comemorar com ela a "emoção de escrever histórias inspiradas em personagens e lugares do Brasil para crianças de todas as idades, em formato acessível". No dia 21, às 16h., ela também palestrará no auditório da Livraria Cultura, no Market Place Shopping, onde autografará seus livros.
Gisele Pecchio convida a todos para comemorar com ela a "emoção de escrever histórias inspiradas em personagens e lugares do Brasil para crianças de todas as idades, em formato acessível". No dia 21, às 16h., ela também palestrará no auditório da Livraria Cultura, no Market Place Shopping, onde autografará seus livros.
O Corredor Literário na Paulista é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura, com apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo e da Associação Paulista VIVA, entre outros apoiadores.
O programa completo está no site http://www.corredorliterario.com.br/
3º Corredor Literário na Paulista
Café Hora da Razão
Local: Avenida Paulista, 1.313 (FIESP)
altura da estação Trianon.
Data: 12/10, às 15h.
Tema: Literatura para Crianças e Acessibilidade - Quem é Toby?
Autora: Gisele Pecchio
1ST
Lourenço, Marcos, Mecchi, Fany, Mario (com a "criança" na mão), Pamela e as Rosas que ganhei do Marinho, no lançamento da primeira edição de Um par de asas para Toby, 11 de outubro de 2003, no Osasco Plaza Shopping.
Mamãe estava toda contente, ao lado do Mecchi, o ilustrador que deu vida às personagens das histórias da Coleção Toby.
TOBY ANIVERSARIA NO 3º CORREDOR
“Aprendi a ver com olhos de vaga-lume e não omitir o verbo.
Aprendi a compartilhar o belo contido no simples. O melhor de tudo é saber que o aprendizado continua”.
Gisele Pecchio
No mês da Criança, do Professor e da Natureza, a Coleção Toby aniversaria.
São quatro anos contando as aventuras do cão mais popular da Mata Atlântica e seus amigos.
Um olhar sensível sobre o belo contido nos elementos simples da natureza.
Venha compartilhar com a autora a emoção de escrever histórias inspiradas em personagens e lugares do Brasil para crianças de todas as idades, em formato acessível.
Literatura para Crianças e Inclusão
Quem é Toby?
Gisele Pecchio apresenta os livros da Coleção Toby, a primeira em formato acessível para crianças (tinta, braile, Mp3 e web), cujo protagonista é o cão Toby, amigo dos pássaros da esquadrilha da fumaça que habitam as matas da Serra dos Itatins-Juréia. Ele inspirou coleção pioneira em acessibilidade à leitura.
Palestras
•Dia 12/10, às 15 horas: 3º Corredor Literário da Avenida Paulista
FIESP/Café Hora da Razão
Endereço: Avenida Paulista, 1.313 (térreo)
•Dia 21/10, às 16 horas: Livraria Cultura, Market Place Shopping Center
Endereço/Tel.: avenida Chucri Zaidan, estação Morumbi / (11)3474 4033
Programa: palestra, com exibição de DVD, contação de história e autógrafo.
Público-alvo: de 6 a 11 anos, pais e professores
Aprendi a compartilhar o belo contido no simples. O melhor de tudo é saber que o aprendizado continua”.
Gisele Pecchio
No mês da Criança, do Professor e da Natureza, a Coleção Toby aniversaria.
São quatro anos contando as aventuras do cão mais popular da Mata Atlântica e seus amigos.
Um olhar sensível sobre o belo contido nos elementos simples da natureza.
Venha compartilhar com a autora a emoção de escrever histórias inspiradas em personagens e lugares do Brasil para crianças de todas as idades, em formato acessível.
Literatura para Crianças e Inclusão
Quem é Toby?
Gisele Pecchio apresenta os livros da Coleção Toby, a primeira em formato acessível para crianças (tinta, braile, Mp3 e web), cujo protagonista é o cão Toby, amigo dos pássaros da esquadrilha da fumaça que habitam as matas da Serra dos Itatins-Juréia. Ele inspirou coleção pioneira em acessibilidade à leitura.
Palestras
•Dia 12/10, às 15 horas: 3º Corredor Literário da Avenida Paulista
FIESP/Café Hora da Razão
Endereço: Avenida Paulista, 1.313 (térreo)
•Dia 21/10, às 16 horas: Livraria Cultura, Market Place Shopping Center
Endereço/Tel.: avenida Chucri Zaidan, estação Morumbi / (11)3474 4033
Programa: palestra, com exibição de DVD, contação de história e autógrafo.
Público-alvo: de 6 a 11 anos, pais e professores
03/10/2007
Volto a esta polêmica no blog porque tanto a VEJA quanto o jornalista Roberto Pompeu de Toledo, de novo, limitaram-se a ignorar minhas correspondências, sem lhes dar a atenção de uma resposta. Pela segunda vez em menos de seis meses, Roberto Pompeu de Toledo abordou a Inconfidência Mineira na VEJA ( “Sobras da história”, na revista de 26/09/2007) .Chama a atenção, de novo, que um jornalista experiente se baseie em uma só fonte. Desta vez, em uma de que eu, pesquisador do assunto há quase trinta anos, nunca tinha ouvido falar.
A falta de pesquisa induz a erros, como o de que a ligação de Cláudio com Francisca (na verdade, a "Eulina", assim como Maria Dorotéia é identificada com “Marília”) tenha sido fortuita como o articulista insinua, sequer comparável com a de Thomas Jefferson. Bem ao contrário, foi uma união estável, que durou muitos anos, reconhecida pela sociedade de Vila Rica.
Tivesse lido mais e melhor, preocupando-se em levar informações atuais e não notícias velhas e erradas a seus leitores, como convém aos de nossa profissão, o jornalista jamais repetiria a sério a falsa e velha dúvida sobre a morte de Cláudio. Afinal, há cerca de dez anos, a "suspeita" do assassinato foi amplamente confirmada, com a descoberta da identidade do legista "Paracatu", por estudiosos de São Paulo e Minas Gerais. Desde então, foi publicada em pelo menos seis diferentes veículos...
Aliás, não seria o fato de que Cláudio (como Tiradentes ou Herzog) foi morto por responsabilidade do governo, o principal gerador jurídico para a eventual indenização aos descendentes, bem mais do que terem sido "esbulhados" ou "infamados" ?
A falta de pesquisa induz a erros, como o de que a ligação de Cláudio com Francisca (na verdade, a "Eulina", assim como Maria Dorotéia é identificada com “Marília”) tenha sido fortuita como o articulista insinua, sequer comparável com a de Thomas Jefferson. Bem ao contrário, foi uma união estável, que durou muitos anos, reconhecida pela sociedade de Vila Rica.
Tivesse lido mais e melhor, preocupando-se em levar informações atuais e não notícias velhas e erradas a seus leitores, como convém aos de nossa profissão, o jornalista jamais repetiria a sério a falsa e velha dúvida sobre a morte de Cláudio. Afinal, há cerca de dez anos, a "suspeita" do assassinato foi amplamente confirmada, com a descoberta da identidade do legista "Paracatu", por estudiosos de São Paulo e Minas Gerais. Desde então, foi publicada em pelo menos seis diferentes veículos...
Aliás, não seria o fato de que Cláudio (como Tiradentes ou Herzog) foi morto por responsabilidade do governo, o principal gerador jurídico para a eventual indenização aos descendentes, bem mais do que terem sido "esbulhados" ou "infamados" ?
Jornalista "free_lancer",especializado em livros e literatura, colaborador de diversos veìculos da imprensa, ganhador do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog
de Anistia e Direitos Humanos, categoria Literatura.
23/09/2007
PROVADO: CLÁUDIO MANUEL NÃO SUICIDOU
Descoberta lança nova luz sobre um dos mais importantes episódios da História do Brasil
Texto de Sergio Amaral Silva
Enfim, desvendada uma grande farsa da História do Brasil, que perdurou por mais de dois séculos. Em 1789, um dos principais líderes da Inconfidência Mineira, o advogado e poeta Cláudio Manuel da Costa, foi encontrado morto na prisão, sendo a versão oficial, de suicídio. Cerca de vinte anos mais tarde, surgiu em Vila Rica (hoje Ouro Preto) alguém que afirmava ter sido um dos médicos que examinaram o corpo e que o laudo original, de assassinato, foi mudado para suicídio a “pedido” do governador, o Visconde de Barbacena. Como essa testemunha era conhecida apenas pelo apelido de Paracatu, o caso foi tratado como lenda por gerações de historiadores, até nossos dias. Pesquisando num livro de 1911, Igrejas e Irmandades de Ouro Preto, de Joaquim Furtado de Menezes, o jornalista Sergio Amaral Silva, que se dedica ao assunto há vinte e cinco anos, descobriu a chave do mistério: o apelido era de Caetano José Cardoso, de fato um dos responsáveis pelo laudo cadavérico de Cláudio. Por que então isso não foi considerado pelos estudiosos ? A resposta é simples: como aquele livro não tratava da Inconfidência, não foi usado como fonte pelos especialistas... A identificação, confirmada por Paulo Gomes Leite, historiador da PUC-MG, restaura a credibilidade da confissão do antigo legista e desmonta a tese do suicídio. A exemplo do jornalista Vladimir Herzog em 1975, Cláudio não se matou, mas foi assassinado. O mandante provavelmente foi o Visconde de Barbacena, cujo envolvimento na Inconfidência é, ainda hoje, pouco conhecido, e que temia ser incriminado se Cláudio fosse ouvido no Rio de Janeiro perante o vice-rei. O achado muda nossa visão do movimento: desmente que um importante líder tenha se acovardado na prisão, pondo fim à própria vida e ilustra a violência da repressão, que também vitimou Tiradentes.
QUEM FOI CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
Advogado e poeta nascido em Mariana (MG) em 1729, Cláudio foi secretário de governo em várias administrações da capitania de Minas . Por isso o governador achava que ele “sabia demais”.
QUEM FOI O “PARACATU”
Caetano José Cardoso (1749-1826) era português, de Lamego. No Brasil, desde os 22 anos, trabalhou como médico em Minas Gerais, tanto em Paracatu (de onde veio seu apelido), quanto em Vila Rica. Possuía uma das melhores bibliotecas da época, com mais de 400 volumes.
QUEM FOI O VISCONDE DE BARBACENA
Luís Antônio Furtado de Mendonça nasceu em Lisboa em 1754. Noomeado Governador de Minas Gerais, veio para o Brasil em 1788. Era sobrinho do vice-rei Luís de Vasconcellos, responsável pelo processo contra os inconfidentes no Rio de Janeiro. Morreu em Portugal, depois de 1806.
Texto de Sergio Amaral Silva
Enfim, desvendada uma grande farsa da História do Brasil, que perdurou por mais de dois séculos. Em 1789, um dos principais líderes da Inconfidência Mineira, o advogado e poeta Cláudio Manuel da Costa, foi encontrado morto na prisão, sendo a versão oficial, de suicídio. Cerca de vinte anos mais tarde, surgiu em Vila Rica (hoje Ouro Preto) alguém que afirmava ter sido um dos médicos que examinaram o corpo e que o laudo original, de assassinato, foi mudado para suicídio a “pedido” do governador, o Visconde de Barbacena. Como essa testemunha era conhecida apenas pelo apelido de Paracatu, o caso foi tratado como lenda por gerações de historiadores, até nossos dias. Pesquisando num livro de 1911, Igrejas e Irmandades de Ouro Preto, de Joaquim Furtado de Menezes, o jornalista Sergio Amaral Silva, que se dedica ao assunto há vinte e cinco anos, descobriu a chave do mistério: o apelido era de Caetano José Cardoso, de fato um dos responsáveis pelo laudo cadavérico de Cláudio. Por que então isso não foi considerado pelos estudiosos ? A resposta é simples: como aquele livro não tratava da Inconfidência, não foi usado como fonte pelos especialistas... A identificação, confirmada por Paulo Gomes Leite, historiador da PUC-MG, restaura a credibilidade da confissão do antigo legista e desmonta a tese do suicídio. A exemplo do jornalista Vladimir Herzog em 1975, Cláudio não se matou, mas foi assassinado. O mandante provavelmente foi o Visconde de Barbacena, cujo envolvimento na Inconfidência é, ainda hoje, pouco conhecido, e que temia ser incriminado se Cláudio fosse ouvido no Rio de Janeiro perante o vice-rei. O achado muda nossa visão do movimento: desmente que um importante líder tenha se acovardado na prisão, pondo fim à própria vida e ilustra a violência da repressão, que também vitimou Tiradentes.
QUEM FOI CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
Advogado e poeta nascido em Mariana (MG) em 1729, Cláudio foi secretário de governo em várias administrações da capitania de Minas . Por isso o governador achava que ele “sabia demais”.
QUEM FOI O “PARACATU”
Caetano José Cardoso (1749-1826) era português, de Lamego. No Brasil, desde os 22 anos, trabalhou como médico em Minas Gerais, tanto em Paracatu (de onde veio seu apelido), quanto em Vila Rica. Possuía uma das melhores bibliotecas da época, com mais de 400 volumes.
QUEM FOI O VISCONDE DE BARBACENA
Luís Antônio Furtado de Mendonça nasceu em Lisboa em 1754. Noomeado Governador de Minas Gerais, veio para o Brasil em 1788. Era sobrinho do vice-rei Luís de Vasconcellos, responsável pelo processo contra os inconfidentes no Rio de Janeiro. Morreu em Portugal, depois de 1806.
Jornalista "free_lancer",especializado em livros e literatura, colaborador de diversos veìculos da imprensa, ganhador do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog
de Anistia e Direitos Humanos, categoria Literatura.
24/08/2007
MANIFESTO
5 mil assinam manifesto pelo livro acessível
Um movimento nacional pela acessibilidade na leitura já atraiu cerca de 5.000 assinaturas em um manifesto circulado pela internet. Motivado pela existência de livros e materiais didáticos e pedagógicos impressos em tinta, inacessíveis para pessoas com deficiência visual ou com restrição de movimentos nos membros superiores, representa um protesto ao descumprimento do artigo 46 da lei nº 9610 de 1998, que permite a reprodução de obras em formatos acessíveis para pessoas com deficiência visual. A reivindicação principal é que as pessoas com deficiência possam encontrar sua leitura predileta nos mesmos lugares que todas as outras pessoas sem deficiência: nas livrarias, editoras, bibliotecas, escolas, universidades, etc.
Para o coordenador do movimento pelo livro acessível, Naziberto Lopes de Oliveira, conhecido como Beto, as editoras, os autores e distribuidores de livros não respeitam esse artigo porque a maioria das pessoas com deficiência não o conhecem .
Para ele, o movimento pelo livro acessível é fruto da indignação e da revolta de milhares de pessoas que se sentem excluídas e marginalizadas do acesso à leitura, informação e conhecimento. "São pessoas que não suportam mais essa inacessibilidade que lhes prejudica os estudos, o acesso ao mercado de trabalho, o crescimento e o desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional, indivíduos que vivenciam a exclusão na pele, amigos e conhecidos de pessoas com deficiência que reconhecem que o movimento quer fazer a diferença e provocar uma transformação social", destaca.
Segundo Beto, o mercado editorial brasileiro alega ferir os "direitos autorais" se o livro for distribuído em formato digital, considerado como a base do desenho universal, pois há o risco da reprodução criminosa, ou seja, que possa ser pirateado pelas pessoas que dele necessitam. "Isso é um total absurdo, visto que se pegarmos como exemplo o mercado fonográfico, um dos mais pirateados que existe, os responsáveis resolveram combater a pirataria diversificando seus produtos, barateando os custos, oferecendo formas diferenciadas de acesso a música", ressalta, acrescentando que o mercado fonográfico cresce cada vez mais e essa política de flexibilização colaborou muito para isso, alcançando mais consumidores. "No caminho inverso, a indústria editorial se fecha, acreditando que assim vai combater a reprodução pirata, mas não é a versão digital que proporciona pirataria, isso já acontece há tempos", afirma.
Quando questionado sobre a importância do livro acessível para as pessoas com deficiência visual, Beto, é enfático. "A resposta é simples e respondo com uma outra pergunta: qual é a importância da leitura na vida de uma pessoa? Na minha opinião, é simplesmente fundamental. Isso vale para todos, pessoas com ou sem deficiência". Segundo ele, da mesma maneira que o livro convencional contribui para a inclusão de qualquer pessoa em um mundo repleto de competitividade, o livro acessível representa melhor educação, preparação, formação e desempenho na vida social e no trabalho. "O livro e a leitura são libertadores e ampliadores de pensamentos", destaca.
A expectativa é que o manifesto seja o precursor de uma abertura de mercado editorial e que o livro em formato acessível seja uma realidade para muito breve. O manifesto ficará à disposição de novas adesões até agosto de 2007, e, após, será entregue ao CONADE, Conselho Nacional de defesa das pessoas com deficiência, e aos coordenadores da Frente Parlamentar em Defesa das pessoas com Deficiência, do Congresso Nacional, para que conheça as dificuldades e reivindicações do movimento.
Para aderir, basta enviar nome completo e número de identidade pessoal (RG) ou CNPJ, para: livrouniversal@yahoo.com.br
Um movimento nacional pela acessibilidade na leitura já atraiu cerca de 5.000 assinaturas em um manifesto circulado pela internet. Motivado pela existência de livros e materiais didáticos e pedagógicos impressos em tinta, inacessíveis para pessoas com deficiência visual ou com restrição de movimentos nos membros superiores, representa um protesto ao descumprimento do artigo 46 da lei nº 9610 de 1998, que permite a reprodução de obras em formatos acessíveis para pessoas com deficiência visual. A reivindicação principal é que as pessoas com deficiência possam encontrar sua leitura predileta nos mesmos lugares que todas as outras pessoas sem deficiência: nas livrarias, editoras, bibliotecas, escolas, universidades, etc.
Para o coordenador do movimento pelo livro acessível, Naziberto Lopes de Oliveira, conhecido como Beto, as editoras, os autores e distribuidores de livros não respeitam esse artigo porque a maioria das pessoas com deficiência não o conhecem .
Para ele, o movimento pelo livro acessível é fruto da indignação e da revolta de milhares de pessoas que se sentem excluídas e marginalizadas do acesso à leitura, informação e conhecimento. "São pessoas que não suportam mais essa inacessibilidade que lhes prejudica os estudos, o acesso ao mercado de trabalho, o crescimento e o desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional, indivíduos que vivenciam a exclusão na pele, amigos e conhecidos de pessoas com deficiência que reconhecem que o movimento quer fazer a diferença e provocar uma transformação social", destaca.
Segundo Beto, o mercado editorial brasileiro alega ferir os "direitos autorais" se o livro for distribuído em formato digital, considerado como a base do desenho universal, pois há o risco da reprodução criminosa, ou seja, que possa ser pirateado pelas pessoas que dele necessitam. "Isso é um total absurdo, visto que se pegarmos como exemplo o mercado fonográfico, um dos mais pirateados que existe, os responsáveis resolveram combater a pirataria diversificando seus produtos, barateando os custos, oferecendo formas diferenciadas de acesso a música", ressalta, acrescentando que o mercado fonográfico cresce cada vez mais e essa política de flexibilização colaborou muito para isso, alcançando mais consumidores. "No caminho inverso, a indústria editorial se fecha, acreditando que assim vai combater a reprodução pirata, mas não é a versão digital que proporciona pirataria, isso já acontece há tempos", afirma.
Quando questionado sobre a importância do livro acessível para as pessoas com deficiência visual, Beto, é enfático. "A resposta é simples e respondo com uma outra pergunta: qual é a importância da leitura na vida de uma pessoa? Na minha opinião, é simplesmente fundamental. Isso vale para todos, pessoas com ou sem deficiência". Segundo ele, da mesma maneira que o livro convencional contribui para a inclusão de qualquer pessoa em um mundo repleto de competitividade, o livro acessível representa melhor educação, preparação, formação e desempenho na vida social e no trabalho. "O livro e a leitura são libertadores e ampliadores de pensamentos", destaca.
A expectativa é que o manifesto seja o precursor de uma abertura de mercado editorial e que o livro em formato acessível seja uma realidade para muito breve. O manifesto ficará à disposição de novas adesões até agosto de 2007, e, após, será entregue ao CONADE, Conselho Nacional de defesa das pessoas com deficiência, e aos coordenadores da Frente Parlamentar em Defesa das pessoas com Deficiência, do Congresso Nacional, para que conheça as dificuldades e reivindicações do movimento.
Para aderir, basta enviar nome completo e número de identidade pessoal (RG) ou CNPJ, para: livrouniversal@yahoo.com.br
fonte: Jornal da AME/edição agosto/07
ilustração: CD de áudio em Mp3 da Coleção Toby, pioneira em formato acessível (tinta, braile, Mp3 e web)
13/08/2007
O POETA TOMÁS GONZAGA
No sábado, 11 de agosto, além do aniversário da implantação dos cursos jurídicos no Brasil e do Dia do Advogado, transcorreu outra data importante para a nossa História: há 263 anos, em 1744, nascia no Porto, em Portugal, o poeta e jurista Tomás Antônio Gonzaga. Formado em Leis pela Universidade de Coimbra, escreveu em 1773 o Tratado de Direito Natural. Trabalhou como juiz de fora na cidade portuguesa de Beja e foi depois nomeado ouvidor-geral de Vila Rica (atual Ouro Preto), cargo que exerceu por mais de seis anos. Em Vila Rica, escreveu uma sátira contra os desmandos de um governador, as Cartas Chilenas. Participou do grupo que planejava um levante contra a Coroa portuguesa, que resultaria na Independência do Brasil: movimento que ficaria conhecido como Inconfidência Mineira. Graças a sua sólida formação intelectual, foi encarregado, juntamente com o também poeta e jurista Cláudio Manuel da Costa, de redigir as leis da nova República que pretendiam implantar. Era noivo de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, que imortalizou nos poemas de Marília de Dirceu. A uma semana do casamento, foi preso após a denúncia da Inconfidência. Depois de quase três anos de prisão, foi a julgamento, fazendo, de forma brilhante, a própria defesa, enquanto o advogado designado pela Santa Casa encarregou-se de todos os outros réus. Pórém, a sentença já estava decidida: foi condenado ao exílio na África. Em Moçambique acabou recuperando o antigo “status”, exercendo a função de provedor dos defuntos e ausentes. Casou-se com Juliana de Souza Mascarenhas, com quem teve a filha Ana. Fontes não oficiais registram que seus relacionamentos anteriores geraram pelo menos três outros filhos: um com Maria Emerenciana, em Beja; Dalva, com a escrava Djanira, em Vila Rica; e Antônio, fruto de seu romance com Marília, criado como filho de Anacleto Queiroga. Morreu em fevereiro de 1810, sendo seus restos mortais transladados para o Brasil, onde hoje estão, ao lado dos de Marília e de outros inconfidentes, no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.
Em sua homenagem, transcrevemos a Lira III, parte 2, de "Marília de Dirceu", escrita na prisão:
"Sucede, Marília bela,
À medonha noite o dia;
A estação chuvosa e fria
À quente seca estação.
Muda-se a sorte dos tempos;
Só a minha sorte não ?
Os troncos nas primaveras
Brotam em flores viçosos,
Nos invernos escabrosos
Largam as folhas no chão.
Muda-se a sorte dos troncos;
Só a minha sorte não ?
Aos brutos, Marília, cortam
Armadas redes os passos,
Rompem depois os seus laços,
Fogem da dura prisão.
Muda-se a sorte dos brutos;
Só a minha sorte não ?
Nenhum dos homens conserva
Alegre sempre o seu rosto;
Depois das penas vem gosto,
Depois do gosto aflição.
Muda-se a sorte dos homens;
Só a minha sorte não ?
Aos altos deuses moveram
Soberbos gigantes guerra:
No mais tempo o Céu, e a Terra
Lhes tributa adoração.
Muda-se a sorte dos deuses;
Só a minha sorte não ?
Há de, Marília, mudar-se
Do destino a inclemência;
Tenho por mim a inocência,
Tenho por mim a razão.
Muda-se a sorte de tudo;
Só a minha sorte não ?
O tempo, ó Bela, que gasta
Os troncos, pedras, e o cobre,
O véu rompe, com que encobre
À verdade a vil traição .
Muda-se a sorte de tudo;
Só a minha sorte não ?
Qual eu sou, verá o mundo;
Mais me dará do que eu tinha,
Tornarei a ver-te minha;
Que feliz consolação !
Não há de tudo mudar-se;
Só a minha sorte não.”
SERGIO AMARAL SILVA
Em sua homenagem, transcrevemos a Lira III, parte 2, de "Marília de Dirceu", escrita na prisão:
"Sucede, Marília bela,
À medonha noite o dia;
A estação chuvosa e fria
À quente seca estação.
Muda-se a sorte dos tempos;
Só a minha sorte não ?
Os troncos nas primaveras
Brotam em flores viçosos,
Nos invernos escabrosos
Largam as folhas no chão.
Muda-se a sorte dos troncos;
Só a minha sorte não ?
Aos brutos, Marília, cortam
Armadas redes os passos,
Rompem depois os seus laços,
Fogem da dura prisão.
Muda-se a sorte dos brutos;
Só a minha sorte não ?
Nenhum dos homens conserva
Alegre sempre o seu rosto;
Depois das penas vem gosto,
Depois do gosto aflição.
Muda-se a sorte dos homens;
Só a minha sorte não ?
Aos altos deuses moveram
Soberbos gigantes guerra:
No mais tempo o Céu, e a Terra
Lhes tributa adoração.
Muda-se a sorte dos deuses;
Só a minha sorte não ?
Há de, Marília, mudar-se
Do destino a inclemência;
Tenho por mim a inocência,
Tenho por mim a razão.
Muda-se a sorte de tudo;
Só a minha sorte não ?
O tempo, ó Bela, que gasta
Os troncos, pedras, e o cobre,
O véu rompe, com que encobre
À verdade a vil traição .
Muda-se a sorte de tudo;
Só a minha sorte não ?
Qual eu sou, verá o mundo;
Mais me dará do que eu tinha,
Tornarei a ver-te minha;
Que feliz consolação !
Não há de tudo mudar-se;
Só a minha sorte não.”
SERGIO AMARAL SILVA
Jornalista "free_lancer",especializado em livros e literatura, colaborador de diversos veìculos da imprensa, ganhador do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog
de Anistia e Direitos Humanos, categoria Literatura.
23/07/2007
TIRADENTES
RESPEITO POR UM HERÓI BRASILEIRO
Sergio Amaral Silva *
Decepcionou-me sobremaneira o texto de Roberto Pompeu de Toledo "Joaquim José, um brasileiro", na revista VEJA datada de 25 de abril de 2007, que circulou no dia do 215º aniversário do assassinato do Mártir da Inconfidência. Toledo começa com a desrespeitosa dúvida se o herói era um "revolucionário consistente" ou um "bobo boquirroto" que pregava a República até às prostitutas. Reduzindo-se o episódio da fala às mulheres conhecidas como "Pilatas" a essa pequena dimensão, perde-se seu sentido maior, capaz de dirimir inclusive a suposta incerteza do articulista.
Cecília Meireles, nos versos do Romance XXXI de seu "Romanceiro da Inconfidência", contribui para esclarecer a questão: "Por aqui passava um homem/- e o povo todo se ria./"Liberdade, ainda que tarde"/ nos prometia." Ou seja, revolucionário consistente, responsável por angariar mais simpatizantes para o movimento sedicioso e o novo regime que ele instauraria, pregava ao povo todo, a quem se dispusessem a ouvi-lo, corajosamente, sem discriminar. Passa então a analisar as três razões do "triunfo póstumo" de Tiradentes. Logo na primeira, chama a atenção a associação de seu nome com o conceito de "herói para personificar os valores que o regime militar (de 1964) pretendia representar". Ainda que se deduza que a iniciativa foi exclusivamente dos militares, a simples menção merece ser corrigida, pela gravidade do que insinua. Pior porque associada mais uma vez à dubiedade de que "como não se sabe direito quem ele foi, virou figura fácil de ser puxada para este ou aquele lado". Para que o articulista usasse seu espaço privilegiado para informar corretamente o leitor e não confundi-lo com essa pretensa neutralidade, seria preciso explicitar: "Sabe-se que Tiradentes foi um brasileiro definitivamente comprometido com a Liberdade de sua Pátria e nem sua ideologia nem sua prática política tinham qualquer semelhança com as do regime autoritário implantado em 1964. Apesar disso, aquele regime tentou se apropriar de parte do prestígio popular do alferes, convertendo-o em Patrono Cívico da Nação Brasileira". Discorrendo sobre a segunda razão, de natureza geográfica, já quase na metade do texto, o articulista revela enfim sua fonte, na qual o trabalho foi, em suas próprias palavras, "fortemente baseado". Embora Toledo não mencione essa data, trata-se de livro de um historiador, publicado há dezessete anos. Uma questão, portanto, se impõe: onde estaria a originalidade dessa resenha tão tardia ? As tentativas de ''enquadrar" o Tiradentes através de comparações com modelos existentes, ainda que inadequadas,se sucedem: Frei Caneca, Bento Gonçalves, Antônio Conselheiro, Padre Cícero. Porém, Toledo desperdiçou a oportunidade e não disse o essencial sobre o alferes: Que os inconfidentes tinham combinado que, caso fossem presos, negariam tudo. Seguiram essa estratégia, inclusive Tiradentes, em seus quatro primeiros interrogatórios. Joaquim José, porém, percebeu que, atuando como propagandista das idéias de liberdade, se expusera muito. Principalmente num processo em que não havia acusações documentais, mas só testemunhos verbais, para ele a condenação seria inevitável. E para o crime de lesa-majestade como a inconfidência, só existia uma pena: a de morte.Tomou então a decisão que o engrandeceria e tornaria imortal perante a História, fazendo dele o único brasileiro cuja data de morte é feriado nacional. E já no quinto interrogatório assumiu sozinho a culpa, na tentativa de convencer os juízes de que só ele conspirara, e assim, livrar os demais. Teria dito na ocasião a famosa frase: "Se dez vidas eu tivesse, todas elas eu daria." Essa é a verdadeira imagem do brasileiro Joaquim José da Silva Xavier, de quem disse seu confessor, o Frei Raimundo de Penaforte: "Se houvesse mais alguns como ele..." Infelizmente, não há. Por isso vivemos estes tempos escuros, em que a roubalheira dos dinheiros públicos, a total falta de solidariedade e respeito, de amor pelo Brasil, a covardia, campeiam. Roberto Pompeu de Toledo cometeu um erro gravissimo. Cunhando epítetos pretensamente irônicos (na verdade, acintosos) como "Macunaíma dos bordéis" ou "adepto falastrão", optou por reproduzir teses de 1990, já exaustivamente debatidas. Com isso, fez com que um importante veículo de nossa imprensa trocasse a possibilidade de divulgar valores tão escassos no Brasil de hoje por um texto, para dizer o mínimo, medíocre. Indiquem-me um brasileiro que tenha oferecido deliberadamente a própria vida para salvar a dos companheiros de ideais e que tenha com isso granjeado o amor de seu povo, e teremos outro candidato ao posto de herói supremo desta (pobre) nação.
(*) Sergio Amaral Silva é jornalista e escritor, ganhador do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Ilustração: A leitura da sentença de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), de Eduardo Sá, em óleo sobre tela.
Sergio Amaral Silva *
Decepcionou-me sobremaneira o texto de Roberto Pompeu de Toledo "Joaquim José, um brasileiro", na revista VEJA datada de 25 de abril de 2007, que circulou no dia do 215º aniversário do assassinato do Mártir da Inconfidência. Toledo começa com a desrespeitosa dúvida se o herói era um "revolucionário consistente" ou um "bobo boquirroto" que pregava a República até às prostitutas. Reduzindo-se o episódio da fala às mulheres conhecidas como "Pilatas" a essa pequena dimensão, perde-se seu sentido maior, capaz de dirimir inclusive a suposta incerteza do articulista.
Cecília Meireles, nos versos do Romance XXXI de seu "Romanceiro da Inconfidência", contribui para esclarecer a questão: "Por aqui passava um homem/- e o povo todo se ria./"Liberdade, ainda que tarde"/ nos prometia." Ou seja, revolucionário consistente, responsável por angariar mais simpatizantes para o movimento sedicioso e o novo regime que ele instauraria, pregava ao povo todo, a quem se dispusessem a ouvi-lo, corajosamente, sem discriminar. Passa então a analisar as três razões do "triunfo póstumo" de Tiradentes. Logo na primeira, chama a atenção a associação de seu nome com o conceito de "herói para personificar os valores que o regime militar (de 1964) pretendia representar". Ainda que se deduza que a iniciativa foi exclusivamente dos militares, a simples menção merece ser corrigida, pela gravidade do que insinua. Pior porque associada mais uma vez à dubiedade de que "como não se sabe direito quem ele foi, virou figura fácil de ser puxada para este ou aquele lado". Para que o articulista usasse seu espaço privilegiado para informar corretamente o leitor e não confundi-lo com essa pretensa neutralidade, seria preciso explicitar: "Sabe-se que Tiradentes foi um brasileiro definitivamente comprometido com a Liberdade de sua Pátria e nem sua ideologia nem sua prática política tinham qualquer semelhança com as do regime autoritário implantado em 1964. Apesar disso, aquele regime tentou se apropriar de parte do prestígio popular do alferes, convertendo-o em Patrono Cívico da Nação Brasileira". Discorrendo sobre a segunda razão, de natureza geográfica, já quase na metade do texto, o articulista revela enfim sua fonte, na qual o trabalho foi, em suas próprias palavras, "fortemente baseado". Embora Toledo não mencione essa data, trata-se de livro de um historiador, publicado há dezessete anos. Uma questão, portanto, se impõe: onde estaria a originalidade dessa resenha tão tardia ? As tentativas de ''enquadrar" o Tiradentes através de comparações com modelos existentes, ainda que inadequadas,se sucedem: Frei Caneca, Bento Gonçalves, Antônio Conselheiro, Padre Cícero. Porém, Toledo desperdiçou a oportunidade e não disse o essencial sobre o alferes: Que os inconfidentes tinham combinado que, caso fossem presos, negariam tudo. Seguiram essa estratégia, inclusive Tiradentes, em seus quatro primeiros interrogatórios. Joaquim José, porém, percebeu que, atuando como propagandista das idéias de liberdade, se expusera muito. Principalmente num processo em que não havia acusações documentais, mas só testemunhos verbais, para ele a condenação seria inevitável. E para o crime de lesa-majestade como a inconfidência, só existia uma pena: a de morte.Tomou então a decisão que o engrandeceria e tornaria imortal perante a História, fazendo dele o único brasileiro cuja data de morte é feriado nacional. E já no quinto interrogatório assumiu sozinho a culpa, na tentativa de convencer os juízes de que só ele conspirara, e assim, livrar os demais. Teria dito na ocasião a famosa frase: "Se dez vidas eu tivesse, todas elas eu daria." Essa é a verdadeira imagem do brasileiro Joaquim José da Silva Xavier, de quem disse seu confessor, o Frei Raimundo de Penaforte: "Se houvesse mais alguns como ele..." Infelizmente, não há. Por isso vivemos estes tempos escuros, em que a roubalheira dos dinheiros públicos, a total falta de solidariedade e respeito, de amor pelo Brasil, a covardia, campeiam. Roberto Pompeu de Toledo cometeu um erro gravissimo. Cunhando epítetos pretensamente irônicos (na verdade, acintosos) como "Macunaíma dos bordéis" ou "adepto falastrão", optou por reproduzir teses de 1990, já exaustivamente debatidas. Com isso, fez com que um importante veículo de nossa imprensa trocasse a possibilidade de divulgar valores tão escassos no Brasil de hoje por um texto, para dizer o mínimo, medíocre. Indiquem-me um brasileiro que tenha oferecido deliberadamente a própria vida para salvar a dos companheiros de ideais e que tenha com isso granjeado o amor de seu povo, e teremos outro candidato ao posto de herói supremo desta (pobre) nação.
(*) Sergio Amaral Silva é jornalista e escritor, ganhador do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Ilustração: A leitura da sentença de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), de Eduardo Sá, em óleo sobre tela.
19/06/2007
QUADRILHA DE JUNHO
Por Gisele Pecchio Dias
Pula a fogueira Iaiá...
Pula a fogueira Ioió...
Cuidado para não se queimar...
Já foi o tempo em que falar em quadrilha, no mês de junho, era só brincar de Ioió e Iaiá, ao som da viola e da sanfona.
Lembro-me, com saudade, das festas de rua, das cadeiras na calçada, do cheiro bão de quentão e da pipoca na manteiga.
No céu, o colorido das bandeirolas e o brilho dos fogos de artifício.
No chão de terra vermelha, mãos inocentes arremessavam biribinhas, também conhecidas como estalos.
A chama da fogueira cozinhava o pinhão e iluminava a trilha aberta pelos pés de alpercatas.
O elenco da dança típica de junho era protagonizado por homem e mulher, na condição de noivos.
De quadrilha de junho eu entendo.
E como entendo...
E não poderia ser diferente.
Sou filha de pai nordestino, das Alagoas.
Nasci em plena noite de São João, tendo sido anunciado o meu nascimento por um balãozinho que caiu com a tocha acesa, no quintal de casa, dia 24 de junho, às 23 horas, exato instante em que vim ao mundo.
Não há filho nascido em terras nordestinas que não anseie passar férias na cidade natal, no mês de junho, em especial no vigésimo quarto dia, quando se festeja o Dia de São João, o ápice das comemorações juninas no nordeste brasileiro.
Mas, neste junho, falar de quadrilha não é só brincar de Ioió e Iaiá, ao som da viola e da sanfona.
Falar de quadrilha, em junho de 2007, é sentir cheiro de pizza, após ler e ouvir falar sobre um monte de notas frias de compra e venda de boi.
Era tanto boi que dava para fazer churrasco o mês de junho todo para alimentar a população das Alagoas, terra de papai e também dos Marechais.
Em julho, também haveria de ter carne de boi para alimentar o povo todo das Alagoas.
Boi pai d'égua.
Boi filho d'égua.
Boi arretado.
Boi danado esse boi.
Boiiii...
Daria para fazer um churrasco por dia, em agosto também.
E convidar os irmãos de Minas.
Êta trem bão sô!
Também a gurizada do Rio Grande.
Deu pra ti, baixo astral, vou pra Porto Alegre, tchau...
Jamais pensei que nas Alagoas de papai não somente abundava as mais variadas canas, centenas de tipos delas, para alimentar a sede do Brasil e dos usineiros.
Também tem boi em abundância por lá?
Ôxe...
Oh, xente!
Seo Renan é o maior pecuarista do Brasil.
Ele está contribuindo, também, para mudar o conceito das quadrilhas de junho.
E dos protagonistas das quadrilhas de junho, idem.
Homem e mulher não são só os noivinhos da alegre dança junina.
Homem e mulher tem mudado conceitos...
Depois de relaxar e gozar, cuidado para não se queimar.
Pula a fogueira Ioiô...
Pula a fogueira Iaiá...
Cuidado para não se queimar...
Pula a fogueira Iaiá...
Pula a fogueira Ioió...
Cuidado para não se queimar...
Já foi o tempo em que falar em quadrilha, no mês de junho, era só brincar de Ioió e Iaiá, ao som da viola e da sanfona.
Lembro-me, com saudade, das festas de rua, das cadeiras na calçada, do cheiro bão de quentão e da pipoca na manteiga.
No céu, o colorido das bandeirolas e o brilho dos fogos de artifício.
No chão de terra vermelha, mãos inocentes arremessavam biribinhas, também conhecidas como estalos.
A chama da fogueira cozinhava o pinhão e iluminava a trilha aberta pelos pés de alpercatas.
O elenco da dança típica de junho era protagonizado por homem e mulher, na condição de noivos.
De quadrilha de junho eu entendo.
E como entendo...
E não poderia ser diferente.
Sou filha de pai nordestino, das Alagoas.
Nasci em plena noite de São João, tendo sido anunciado o meu nascimento por um balãozinho que caiu com a tocha acesa, no quintal de casa, dia 24 de junho, às 23 horas, exato instante em que vim ao mundo.
Não há filho nascido em terras nordestinas que não anseie passar férias na cidade natal, no mês de junho, em especial no vigésimo quarto dia, quando se festeja o Dia de São João, o ápice das comemorações juninas no nordeste brasileiro.
Mas, neste junho, falar de quadrilha não é só brincar de Ioió e Iaiá, ao som da viola e da sanfona.
Falar de quadrilha, em junho de 2007, é sentir cheiro de pizza, após ler e ouvir falar sobre um monte de notas frias de compra e venda de boi.
Era tanto boi que dava para fazer churrasco o mês de junho todo para alimentar a população das Alagoas, terra de papai e também dos Marechais.
Em julho, também haveria de ter carne de boi para alimentar o povo todo das Alagoas.
Boi pai d'égua.
Boi filho d'égua.
Boi arretado.
Boi danado esse boi.
Boiiii...
Daria para fazer um churrasco por dia, em agosto também.
E convidar os irmãos de Minas.
Êta trem bão sô!
Também a gurizada do Rio Grande.
Deu pra ti, baixo astral, vou pra Porto Alegre, tchau...
Jamais pensei que nas Alagoas de papai não somente abundava as mais variadas canas, centenas de tipos delas, para alimentar a sede do Brasil e dos usineiros.
Também tem boi em abundância por lá?
Ôxe...
Oh, xente!
Seo Renan é o maior pecuarista do Brasil.
Ele está contribuindo, também, para mudar o conceito das quadrilhas de junho.
E dos protagonistas das quadrilhas de junho, idem.
Homem e mulher não são só os noivinhos da alegre dança junina.
Homem e mulher tem mudado conceitos...
Depois de relaxar e gozar, cuidado para não se queimar.
Pula a fogueira Ioiô...
Pula a fogueira Iaiá...
Cuidado para não se queimar...
Foto: AP/Gisele Pecchio, com 7 anos, na festa junina do 2º Grupo Escolar de Osasco, atual Emef Prof. José Liberatti
14/06/2007
SERGIO AMARAL
"Tenho um monte de amigo e o cê, tia?", me perguntou a bela adolescente. "Meu orkut tá bombando", emendou orgulhosa diante da sua página na comunidade virtual orkut.
SERGIO AMARAL é jornalista e economista pela USP. Poeta, contista e crítico de literatura brasileira dos jornais O Globo e Gazeta Mercantil. Ganhou vários prêmios literários, inclusive no Exterior. Autor do livro "Vida felina" (1982), merecedor de elogios de Pedro Nava, Nélida Piñon, Josué Montello e Artur da Távola. Participou de "Contos Premiados", livro editado em Portugal, com o conto "Passagens". Recebeu do poeta Carlos Drummond de Andrade o seguinte bilhete, em 1977, pela sua participação na coletânea Cara a Cara: "Li e senti uma consciência humana e atenta à realidade social de hoje. Isto é bom. Gosto de poetas inconformados e que levam esta inquietação para a sua poesia".
Sorri e lhe falei sobre companheiros de escola, trabalho e outras jornadas, mais conhecidos como colegas. Um colega pode chegar a ser amigo mas, ao longo de uma vida, poucos conseguem manter o seu lugar no pódio.
Colegas entram e saem das nossas vidas. Muitos desaparecem, nunca mais temos notícias deles.
Amigos entram em nossas vidas e ficam para sempre, mesmo que a vida nos afaste em diferentes e distantes caminhos. Mesmo sem notícias dos amigos, jamais os esquecemos. Estarão vivos em nossas lembranças, para sempre.
Felizes são os amigos que não se afastam, mesmo trilhando caminhos diferentes. Mesmo sem jamais se reencontrarem, além da lembrança e da boa palavra.
Feliz de mim que hoje recebi a boa palavra do querido poeta Sergio Amaral (ler post abaixo). Um colega de trabalho que virou amigo e me conquistou com a boa palavra, a elegância, os saberes.
Sergio me trouxe a lembrança de um tempo que já vai longe, quando trabalhei na gerência de Comunicação do Banco Francês e Brasileiro (hoje, Itaú Personnalité), com os inesquecíveis Lourival, Claudio Costa e Novaes. Deste trio, mantenho o contato com o amigo Claudio, até hoje. Nos falamos dia 11, quando liguei para cumprimentá-lo pelo aniversário. Uma das pessoas mais íntegras e leais que conheci. Tenho saudade do Novaes, que me confiava cheque em branco. Muito difícil alguém receber e dar crédito assim...
Eu cuidava da comunicação interna do banco e editava a revista Franjour, a menina dos olhos da nossa diretoria. Sergio era executivo da área de underwriting. Associado ao Crédit Lyonnais, o BFB mantinha a tradição francesa de incentivo à cultura e às artes. Por isso, foi muito fácil descobrir e revelar para todos o poeta e escritor Sergio Amaral, também crítico literário, lotado na área financeira do banco. Ele foi convidado e aceitou colaborar com a editoria de literatura da revista Franjour, chamada por nós de Estante. Um sucesso.
Trabalhar na Comunicação do BFB foi uma etapa muito importante da minha carreira. O ambiente social do banco era intenso e favorável ao desenvolvimento da amizade e do intercâmbio cultural entre Brasil e França. Cheguei a ser correspondente da Comunicação do Crédit Lyonnais na filial brasileira, enviando notícias do BFB e do Brasil para a revista irmã do Franjour, em Paris.
Sergio, que lembranças boas você me traz. Por isso, homenageio você e o BFB-Crédit Lyonnais publicando uma das capas da revista Franjour e a página da divulgação interna que fizemos para anunciar a sua estréia, na editoria de Literatura.
Merci, chéri ami Sergio.
Tu c'est bienvenue.
Bienvenue aussi dans Aimons des Livres Inclusifs.
SERGIO AMARAL é jornalista e economista pela USP. Poeta, contista e crítico de literatura brasileira dos jornais O Globo e Gazeta Mercantil. Ganhou vários prêmios literários, inclusive no Exterior. Autor do livro "Vida felina" (1982), merecedor de elogios de Pedro Nava, Nélida Piñon, Josué Montello e Artur da Távola. Participou de "Contos Premiados", livro editado em Portugal, com o conto "Passagens". Recebeu do poeta Carlos Drummond de Andrade o seguinte bilhete, em 1977, pela sua participação na coletânea Cara a Cara: "Li e senti uma consciência humana e atenta à realidade social de hoje. Isto é bom. Gosto de poetas inconformados e que levam esta inquietação para a sua poesia".
UM DEPOIMENTO SUSPEITO SOBRE ELA
Conheço a Gisele há vários anos e sei que além de ótima jornalista e grande amiga, ela é uma batalhadora incansável pelas causas em que acredita. Assim tem sido nos últimos tempos com seus livros da coleção Toby, que ela, inteligentemente e com sua aguda sensibilidade, colocou a serviço de uma causa maior, pela igualdade de oportunidades e contra todo preconceito. Afinal, Gi, ser diferente é normal ! Beijo grande e sucesso !
Jornalista "free_lancer",especializado em livros e literatura, colaborador de diversos veìculos da imprensa, ganhador do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog
de Anistia e Direitos Humanos, categoria Literatura.
12/06/2007
Gisele Pecchio faz palestra em Guaratinguetá
LITERATURA INFANTIL E INCLUSÃO - Quem é Toby? A Coleção Toby foi apresentada para 400 crianças do ensino fundamental de Guaratinguetá (SP), por meio de palestra de Gisele Pecchio, autora dos livros que têm como protagonista o cachorrinho Toby. Uma promoção da Secretaria Municipal de Educação, com o apoio do Serviço de Água e Esgoto (SAAEG), cuja direção tem incentivado iniciativas voltadas à inclusão social de crianças e adultos, sob orientação da pedagoga Marta Nascimento, doutoranda em educação ambiental.
Vinte e dois cegos, entre adultos e crianças, muito alegres, chamaram a atenção da palestrante quando disseram ser aquela a primeira participação deles num evento literário. O entusiasmo dos deficientes visuais aumentou quando foram informados que a Secretaria de Educação de Guaratinguetá e o SAAEG haviam adquirido exempalres dos livros de Gisele Pecchio em tinta, braile e CD para ficar à disposição dos leitores das bibliotecas e das escolas do município.
A autora também realizou oficina de leitura para filhos de funcionários da Unesp, campus Guará, no auditório da biblioteca central da universidade, com a presença de 36 alunos da pré-escola e professores.
As imagens de Paulo Miranda são da reportagem de Glauber Arneiro, cedidas pela tevê local à pesquisadora Marta Nascimento, responsável pela coordenação das palestras e visitas de Gisele Pecchio na cidade de Guaratinguetá.
11/06/2007
REVISTA EXAME
Por Adriano Silva
“... Paulo Francis dizia que política é coisa de gentinha. Ele tinha razão. De alguma forma, o sistema democrático não é eficiente em colocar no poder os melhores entre nós. Num bando de chimpanzés, o macho mais apto assume a posição dominante. Num time de futebol, a camisa 10 costuma ir para o melhor jogador. E assim por diante. Só na política isso não acontece. No sistema de candidaturas e de votos, por algum motivo essa regra universal de ensejo aos melhores é transfigurada no seu reverso. E assim os eleitos para gerir os interesses da comunidade acabam sendo de modo geral os mediadores, os medíocres, quando não simplesmente aquilo que produzimos de pior — os bandidos que se locupletam, os incompetentes que não deram certo noutro lugar, os delinqüentes patológicos, etc. Os melhores entre nós despontam nas artes, na iniciativa privada, nas profissões liberais, nos esportes. Mesmo os melhores políticos não estão na política: estão escrevendo teses, negociando fusões, ministrando aulas, seguindo carreiras diplomáticas ou acadêmicas. É como se os processos eletivos, por mais justos, necessários e inevitáveis que sejam, promovessem uma espécie de seleção natural ao contrário — a sociedade separa o joio do trigo e fica com o joio.
É preciso dizer que isso não acontece somente no Brasil. Repare que o presidente dos Estados Unidos não se chama Jack Welch nem Steve Jobs. Alfred P. Sloan e Roberto Goizueta também passaram longe do governo daquele país em suas épocas. E estamos falando de quatro dos maiores administradores que já andaram sobre este planeta. Os presidentes americanos, ao contrário, são e têm sido no mais das vezes sujeitos obscuros: péssimos estudantes, filhos ineptos, maus maridos, gente que não sobreviveria uma semana numa empresa de ponta ou num ambiente acadêmico de alto nível. É de assustar que, mais tarde, eleitos, eles venham a influenciar, com suas canetadas, a vida daquelas mesmas empresas e instituições de ensino de alta performance em que nem sequer teriam condições de atuar.
Talvez seja isso que a turma chama por aí de crise de representatividade. Quase sempre, ao se eleger alguém para síndico, não é o condômino mais preparado, o sujeito mais bem-sucedido do prédio, que vai para a cadeira (Este, na verdade, nem aparece nas reuniões. Porque imagina que tem mais o que fazer do que resolver problemas coletivos, do que trabalhar para os outros. Os melhores costumam focar em si próprios). Da mesma forma, os alunos mais brilhantes não freqüentam o diretório acadêmico. Estão ocupados demais competindo pelas melhores posições na turma. Idem para os órgãos de classe, que em tese representam uma categoria mas dificilmente conseguem atrair os melhores talentos para a importante posição de falar por todos os outros. Rubem Braga e Nelson Rodrigues, por exemplo, dois dos maiores talentos que já passaram pela imprensa brasileira, nunca estiveram à frente do sindicato dos jornalistas. É provável que também julgassem que tinham mais o que fazer.
Não sei bem por que é assim. Mas é assim. Os melhores entre nós escapam aos mecanismos de escolha de representantes em ambientes democráticos. Talvez no centro desse paradoxo esteja o fato de que os melhores não se candidatam, quase nunca se oferecem para consertar com as próprias mãos o que vêm de errado em sua comunidade. Não têm paciência para isso. Não têm interesse em socializar suas competências. E o quinhão de poder que a representação oferece não consegue dissuadi-los dessa posição refratária. As cadeiras no governo, no corpo legislativo, na máquina do Estado acabam sobrando, em decorrência disso, para os menos capacitados. Ou para os mais mal-intencionados. Talvez esse desinteresse que os melhores nutrem pela carreira pública seja um fator essencial para entender a tal crise de representatividade...” Trecho do artigo publicado na revista Exame, em 3 de abril de 2002, assinado pelo jornalista Adriano Silva.
Nesse artigo, o autor nos convida a refletir sobre o perigo de brincar com fogo. E mais, para o perigo de estarmos todos nos enganando. Eleição serve para alguma coisa? Democracia é de fato o pior dos regimes, excetuando os demais?
PAULO FRANCIS (1930-1997) foi correspondente da Folha de S. Paulo nos EUA. É autor de livros de ensaios políticos e culturais como Opinião Pessoal, Certezas da Dúvida, Paulo Francis Nu e Cru e Nixon contra McGovern: as duas Américas. Cabeça de Papel é o seu primeiro romance.
“... Paulo Francis dizia que política é coisa de gentinha. Ele tinha razão. De alguma forma, o sistema democrático não é eficiente em colocar no poder os melhores entre nós. Num bando de chimpanzés, o macho mais apto assume a posição dominante. Num time de futebol, a camisa 10 costuma ir para o melhor jogador. E assim por diante. Só na política isso não acontece. No sistema de candidaturas e de votos, por algum motivo essa regra universal de ensejo aos melhores é transfigurada no seu reverso. E assim os eleitos para gerir os interesses da comunidade acabam sendo de modo geral os mediadores, os medíocres, quando não simplesmente aquilo que produzimos de pior — os bandidos que se locupletam, os incompetentes que não deram certo noutro lugar, os delinqüentes patológicos, etc. Os melhores entre nós despontam nas artes, na iniciativa privada, nas profissões liberais, nos esportes. Mesmo os melhores políticos não estão na política: estão escrevendo teses, negociando fusões, ministrando aulas, seguindo carreiras diplomáticas ou acadêmicas. É como se os processos eletivos, por mais justos, necessários e inevitáveis que sejam, promovessem uma espécie de seleção natural ao contrário — a sociedade separa o joio do trigo e fica com o joio.
É preciso dizer que isso não acontece somente no Brasil. Repare que o presidente dos Estados Unidos não se chama Jack Welch nem Steve Jobs. Alfred P. Sloan e Roberto Goizueta também passaram longe do governo daquele país em suas épocas. E estamos falando de quatro dos maiores administradores que já andaram sobre este planeta. Os presidentes americanos, ao contrário, são e têm sido no mais das vezes sujeitos obscuros: péssimos estudantes, filhos ineptos, maus maridos, gente que não sobreviveria uma semana numa empresa de ponta ou num ambiente acadêmico de alto nível. É de assustar que, mais tarde, eleitos, eles venham a influenciar, com suas canetadas, a vida daquelas mesmas empresas e instituições de ensino de alta performance em que nem sequer teriam condições de atuar.
Talvez seja isso que a turma chama por aí de crise de representatividade. Quase sempre, ao se eleger alguém para síndico, não é o condômino mais preparado, o sujeito mais bem-sucedido do prédio, que vai para a cadeira (Este, na verdade, nem aparece nas reuniões. Porque imagina que tem mais o que fazer do que resolver problemas coletivos, do que trabalhar para os outros. Os melhores costumam focar em si próprios). Da mesma forma, os alunos mais brilhantes não freqüentam o diretório acadêmico. Estão ocupados demais competindo pelas melhores posições na turma. Idem para os órgãos de classe, que em tese representam uma categoria mas dificilmente conseguem atrair os melhores talentos para a importante posição de falar por todos os outros. Rubem Braga e Nelson Rodrigues, por exemplo, dois dos maiores talentos que já passaram pela imprensa brasileira, nunca estiveram à frente do sindicato dos jornalistas. É provável que também julgassem que tinham mais o que fazer.
Não sei bem por que é assim. Mas é assim. Os melhores entre nós escapam aos mecanismos de escolha de representantes em ambientes democráticos. Talvez no centro desse paradoxo esteja o fato de que os melhores não se candidatam, quase nunca se oferecem para consertar com as próprias mãos o que vêm de errado em sua comunidade. Não têm paciência para isso. Não têm interesse em socializar suas competências. E o quinhão de poder que a representação oferece não consegue dissuadi-los dessa posição refratária. As cadeiras no governo, no corpo legislativo, na máquina do Estado acabam sobrando, em decorrência disso, para os menos capacitados. Ou para os mais mal-intencionados. Talvez esse desinteresse que os melhores nutrem pela carreira pública seja um fator essencial para entender a tal crise de representatividade...” Trecho do artigo publicado na revista Exame, em 3 de abril de 2002, assinado pelo jornalista Adriano Silva.
Nesse artigo, o autor nos convida a refletir sobre o perigo de brincar com fogo. E mais, para o perigo de estarmos todos nos enganando. Eleição serve para alguma coisa? Democracia é de fato o pior dos regimes, excetuando os demais?
PAULO FRANCIS (1930-1997) foi correspondente da Folha de S. Paulo nos EUA. É autor de livros de ensaios políticos e culturais como Opinião Pessoal, Certezas da Dúvida, Paulo Francis Nu e Cru e Nixon contra McGovern: as duas Américas. Cabeça de Papel é o seu primeiro romance.
29/05/2007
AADVAT/TV GLOBO
Palestra seguida de oficina de leitura para crianças na sede da Associação de Assistência ao Deficiente Visual do Alto Tietê (AADVAT).
http://video.google.com/videoplay?docid=7354698789639687189
Entrevista à jornalista Karina Pachiega, com imagens de Adriano Santa Terra (TV Globo, Mogi das Cruzes-SP).
Assista trecho da reportagem de 6 minutos em Google, no link:
21/05/2007
Toby e Gikovate
Blog da Gisele Pecchio indica vídeo [link abaixo] e reflexão sobre o tema em casa e na escola.
Link para assistir a palestra de Gikovate no Café Filosófico da TV Cultura:
Dieta para emagrecer engorda
Recebi do amigo Paulo Fontão, que é médico e indicou este vídeo.
Recebi do amigo Paulo Fontão, que é médico e indicou este vídeo.
Gostei muito da palestra. Em especial quando o psicoterapeuta Flávio Gikovate [foto] diz que "a sociedade está enlouquecida. Andamos de carro para todos os lados e depois ficamos suando na esteira para emagrecer. Há fartura de alimentos como jamais se viu em tempo algum na história da humanidade e se cultua a magreza. Na época da escassez de alimentos se fazia o contrário, cultuando a gordura, o excesso".
Como conciliar fartura com magreza?
Parece se tratar de uma questão de foco.
De que lado queremos ficar? Do lado da saúde ou da doença?
O exemplo serve para muitos outros comportamentos humanos adquiridos, tais como fumar, ingerir álcool e drogas, fazer uso do corpo e da mente de forma a comprometer o domínio próprio.
Gikovate nos conduz a pensar sobre a importância das nossas escolhas. Nunca é tarde para corrigir rumos e usar o livre arbítrio. Sempre haverão crianças e adolescentes necessitando de bons exemplos para jamais terem dúvidas na hora de fazer escolhas.
Toby e Gikovate
Mas, afinal, o que estaria fazendo o cão Toby neste post?
Foi visitar o famoso psicoterapeuta?
Será que Toby faz dieta para emagrecer?
Humm...
Oh, oh!
Nada disso, ele é a minha inspiração para falar de bons exemplos às crianças, de todas as idades. Ninguém melhor do que o protagonista das minhas estórias para recomendar hábitos de vida saudáveis.
Por quê?
Porque Toby corre na praia todos os dias, com seus amigos pássaros da esquadrilha da fumaça. Os maus hábitos comportamentais dele são todos causados pelo ser humano, como o péssimo costume de oferecer aos cães sorvetes, doces e outros alimentos que não fazem parte da dieta animal [ler em Um par de asas para Toby].
Se Toby não fosse um corredor, praticante diário da atividade física, ficaria fora de peso como o amigo Bolão, que ganhou esse apelido por causa do sobrepeso.
Há seres humanos que são impiedosos na hora de colocar apelidos. Ainda bem que o amigo de Toby é um cão e não entende da maldade de certas pessoas. Ainda lhes abana o rabo ao ser chamado de Bolão...
O mesmo não ocorre com o ser humano, em especial crianças. Algumas adoecem e ficam traumatizadas para sempre por causa dos apelidos. Por isso, é bom incentivar o amor e o respeito entre os seres humanos, desde a mais tenra idade.
Tarefa
1) Vamos corrigir o mau exemplo de dar alimento humano aos animais? Comece pelo seu cãozinho.
2) Vamos corrigir o mau exemplo de apelidar as pessoas, se isso as entristece? Comece na sua escola, chamando os colegas pelo nome. Tá falado?
Pensamento
Acredito ser a verdadeira dieta, escolher palavras e ações colhidas na fonte dos mais nobres pensamentos e sentimentos que habitam a própria consciência. Um lugar onde grande parte da humanidade jamais encontra porque procura longe de si. Gisele Pecchio, 21/1/07
Link para assistir a palestra de Gikovate no Café Filosófico da TV Cultura:
14/04/2007
GOOGLE VIDEO
Casa do Toby, na Páscoa
Confira no link abaixo filmagem que fiz em recente visita na "casa do Toby".
Fui me despedir do verão.
É claro que não esqueci de levar a minha prancha.
Depois mostro, em outra filmagem.
http://video.google.com/videoplay?docid=-3149163800245828123
Confira no link abaixo filmagem que fiz em recente visita na "casa do Toby".
Fui me despedir do verão.
É claro que não esqueci de levar a minha prancha.
Depois mostro, em outra filmagem.
http://video.google.com/videoplay?docid=-3149163800245828123
29/03/2007
Acessibilidade
*Em toda a rede pública de ensino de Limeira (SP), considerando escolas municipais e estaduais, existe apenas uma máquina braile, situação que prejudica o aprendizado dos alunos e representa uma barreira no processo de inclusão social. Entre as reivindicações pleiteadas pelo Conselho Municipal dos Deficientes, a compra de equipamentos para instituições que possuem estudantes com deficiência visual é uma das prioridades.
**Em Limeira existem 15.561 deficientes visuais, de acordo com o IBGE. A falta de máquinas braile na cidade comprova que muito ainda precisa ser feito na área de educação. Alunos cegos recebem o reglete e a punção para a escrita braile manual. Alguns deles já estão sendo vítimas da lesão por esforço repetitivo (LER), além de não conseguirem acompanhar o aprendizado. Muitos acabam sendo submetidas à prova oral, por falta de acesso e inclusão.
***“Quando se fala em inclusão, são discutidos apenas aspectos arquitetônicos, como rampas, piso e barras”, lamentou Alexandre Aparecido Nascimento, do Centro de Treinamento Paraolímpico, de Limeira.
Resenha da notícia publicada em 24/3/07, pág.14, Gazeta de Limeira
Para você responder:
Qual é a situação dos estudantes com necessidades especiais, na sua cidade?
**Em Limeira existem 15.561 deficientes visuais, de acordo com o IBGE. A falta de máquinas braile na cidade comprova que muito ainda precisa ser feito na área de educação. Alunos cegos recebem o reglete e a punção para a escrita braile manual. Alguns deles já estão sendo vítimas da lesão por esforço repetitivo (LER), além de não conseguirem acompanhar o aprendizado. Muitos acabam sendo submetidas à prova oral, por falta de acesso e inclusão.
***“Quando se fala em inclusão, são discutidos apenas aspectos arquitetônicos, como rampas, piso e barras”, lamentou Alexandre Aparecido Nascimento, do Centro de Treinamento Paraolímpico, de Limeira.
Resenha da notícia publicada em 24/3/07, pág.14, Gazeta de Limeira
Para você responder:
Qual é a situação dos estudantes com necessidades especiais, na sua cidade?
11/03/2007
Homenagem de Toby ao Astronauta Marcos Pontes
Aniversaria hoje, 11 de março, Marcos César Pontes, o primeiro astronauta brasileiro. Para comemorar a data, Gisele Pecchio relembra aqui, no blog, o encontro do astronauta com o cãonauta Toby, protagonista das histórias da primeira coleção de livros para crianças, em formato acessível.
Na ficção, o encontro acontece em Marte, num tempo indefinido, e é mais uma viagem fantástica da escritora Gisele, retratada pelas mãos do cartunista José Carlos Mecchi, em desenho de 29 de março de 2006, quando o astronauta brasileiro foi lançado ao espaço na nave Soyuz com outros dois astronautas [ou cosmonautas, como denominam os russos], o norte-americano Jeffrey Williams e o russo Pavel Vinogradov.
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