17/12/2008

2009

Que a lembrança da chegada do Menino-Deus traga mais sabedoria e simplicidade para viver melhor cada dia do Ano Novo.



Livros da Coleção Toby
edição em tinta:
. R$12,00 (vol 1 ou 2) incluindo a postagem
. R$15,00 (vol 3) incluindo a postagem
. R$32,00 (vol. 1+2+3) incluindo a postagem
edição em braile+CD
. R$32,00 incluindo a postagem.
. pedidos para asasdaimaginacao2003@hotmail.com
ou Gisele 11-89336030








13/12/2008

Aziz Ab'Sáber é homenageado na Livraria Cultura

Nas fotos, Daiane com Gisele na sessão de autógrafos e Daiane no palco homenageando o mestre.Aluna faz a diferença
A acadêmica de Geografia da Universidade Camilo Castelo Branco (Capital-SP), Daiane Gonçalves, colaborou com a escritora Gisele Pecchio na organização da aula do Prof. Aziz Ab'Sáber sobre a Amazônia. E teve seu esforço e bonita participação reconhecidos pela autora que a chamou ao palco para representar os alunos numa homenagem ao célebre geógrafo, orientador de Gisele no livro sobre a Amazônia para crianças. O livro foi autografado pelo mestre e pela autora após a palestra. Ab'Sáber também autografou seus inúmeros livros, onze deles constam do acervo da loja.

TRECHO DA FALA DA ALUNA
"...parabéns por ter conseguido cumprir as três metas da sua vida acadêmica: como estudante, nos deixou exemplos de esforço e superação, como professor, nos trouxe a luz do conhecimento, e como cientista contribuiu para tornar melhor a sociedade".

ALUNOS OPINAM
"Ouvi muitas informaçoes importantes sobre a Amazônia, dentre elas destaca-se o fato de que a Amazônia possui vários ecossistemas que devem ser estudados separadamente. Por desconhecer esse princípio, alguns falam que "lá na Amazônia é assim". O que não percebemos é que essa grande floresta tropical precisa ser estudada com detalhes e isso leva tempo, além de investimentos que teriam de ser feitos pelo próprio governo o que não está sendo feito. Pude perceber também que para visitas de estudo na Amazônia seriam necessários profissionais de diferentes áreas para estudar vários elementos...". Daiane Gonçalves
"Dentro do caminho da sabedoria nos deparamos com imensos desafios que nos fazem superar nossas próprias barreiras físicas e intelectuais. No entanto, jamais se supera um desafio, principalmente na carreira acadêmica, sem termos em quem nos inspirar. Sempre existirá aqueles que nos guiará, mostrando-nos uma base de como podemos encarar eventuais problemas. Pois é imensamente confortável sabermos que no campo das Geociências existem pessoas em quem podemos confiar no trabalho e estudos que realizaram ao longo de anos. Mas como em todos os lugares, sempre aparecem aqueles que se sobressaem e mostram uma contribuição indiscutivelmente necessária para o caminho da sabedoria. No imenso acervo de publicações científicas, principalmente na descrição da nossa amada pátria, não podemos poupar agradeciemntos a Aziz Ab'Sáber". Rafael Cezzaretti

12/12/2008

Visão ao toque de amor
07/12/2008
Autor: espuletah
Dia de aventura e luz. Quem tudo vê e nada enxerga não verá o essencial acontecer. Quem pode ver tamanha façanha e enxergar uma semente que brota de um ato de escrever, de uma alma que debruça nos papéis fé e esperança, leveza e alegria? Que dia, que leveza, que alegria! Foi neste dia que muitos viram. Olhos cegos felizes pelo lançamento do livro infantil em Braille, pioneiro, nascido de um coração dedicado de uma escritora jornalista, vidente, sorridente. Cativou a cada leitor que passou pela Livraria Cultura no dia de autógrafos. Todos ali de olhos atentos, cegos e videntes, especialmente o casal de prata, 25 anos de união e cumplicidade. Festivos, alegres, foram chegando com tudo, conduzidos até a sessão infantil e apresentados ao grupo de ouvintes que prestigiavam a talentosa escritora. Nada enxergavam com seus olhos, que não passasse primeiro pela emoção da visão interior. E lá estavam as crianças espalhadas entre as almofadas em seu mundo colorido, ouvindo a historinha do livro, folheando as páginas, pintando os desenhos. Virou confraternização, troca de telefones e e-mails, início de uma nova visão, de uma nova amizade. O casal de prata, agendado para mil e um eventos, apreciadores de leitura, cultura, livraria, passeios e luz, deixou seu voto de louvor pela obra de Gisele Pecchio em sua contação de história de “Uma aventura na Amazônia”. E mais, deixou o convite de novo encontro, um passeio muito especial para o próximo final de semana, aos novos amigos cativados naquela tarde especial, onde a luz irradiou e o olhar pairou sobre aquelas impressões indescritíveis, frutos da cultura. Agora uma nova aventura está para acontecer. O que será?

A crônica, sensível e competente, é de Marcia dos Santos Bernardino, publicada no site da Livraria Cultura, e se refere ao encontro que tive com ela na loja do Conjunto Nacional, dia 6 de dezembro de 2008. Abaixo, no blog, há foto da Marcia e do nosso encontro, que aconteceu no setor de livros para crianças. O link para ler no site da livraria é http://www.livrariacultura.com.br/scripts/contos_cultura/detalhe.asp?nconto=BDID
"...É um belo momento de lançamento de livro. Belo, porque livro; belo porque a autora, jornalista e escritora Gisele Pecchio escreve para crianças de todas as idades e, concordando com o professor Ab’Saber, contribui para transformar o amor pela leitura em caminho de inserção social, especialmente ao editar sua obra em padrão convencional, em braile e audiolivro, coisa que o poder público e as grandes editoras se negam a fazer porque o lucro se sobrepõe ao direito humano ao saber..." Prof. Edmilson Brito Rodrigues, geógrafo, doutorando geografia humana na Universidade de São Paulo, na apresentação da palestra do Prof. Aziz Ab'Sáber, Teatro Eva Herz, Livraria Cultura, 9/12/08.

11/12/2008

"... Na questão amazônica, Ab'Sáber chegou a fazer um mapa das 23 células espaciais e mandou para o presidente Lula quando assumiu a presidência, com uma carta dizendo que deveria reunir em Brasília pessoas competentes para estudar cada uma delas. Mas alguém rasgou a carta..."

"... A indignação é desse cidadão do mundo que optou por ser geógrafo, mas pensa o espaço geográfico na perspectiva histórica. Desde os seus primeiros trabalhos, como "Regiões de Circundesnudação Pós-etácica no Planalto Brasileiro", ainda nos anos 40 com repercussão internacional..." Prof. Edmilson Brito Rodrigues (UFRA/USP) na apresentação de Aziz Ab'Sáber em palestra sobre a Amazônia no Teatro Eva Herz da Livraria Cultura. Você lê esta apresentação na íntegra abaixo, no blog.

10/12/2008

Aziz Ab’Saber é um exemplo da capacidade de sonhar inerente às almas que se mantém crianças


TEATRO EVA HERZ
LIVRARIA CULTURA
9/12/2008 Palestra e Sessão de Autógrafos com Ab'Sáber
Coordenação: Gisele Pecchio (escritora) e Adriana Giglio (Eventos da Livraria Cultura)
Apresentação de Aziz Ab'Sáber: Prof. Edmilson Brito Rodrigues
AZIZ AB’SÁBER
Sabedoria e dignidade a serviço de um Brasil e um mundo felizes

Aziz Nacib Ab'Sáber é um cidadão do mundo nascido em São Luís de Paraitinga em 1924, onde viveu até os seis anos, quando sua família se mudou para Caçapava, onde freqüentou o curso primário. Para cursar o ginásio, ia diariamente a Taubaté, até que fosse inaugurado o ginásio em Caçapava. Geógrafo formado pela USP, concluiu seu doutorado em 1956, em 1965 recebeu o título de livre-docente e em 1968 o de professor titular dessa instituição universitária da qual foi Diretor do Instituto de Geografia.
É um dos geógrafos mais respeitados no mundo, tendo desenvolvido teses de importância singular para a ciência geográfica universal. Ao longo de mais de seis décadas de trabalho, que continua em pleno poder frutificador, produziu e publicou muitas centenas de artigos, teses, projetos, livros. Se seu referencial de análise é o geográfico, Ab’Saber, por ser um pensador crítico e arguto, é um desses raros intelectuais do planeta com um senso de totalidade surpreendente, e grandeza para advogar a necessidade de um esforço interdisciplinar para a apreensão, compreensão e solução dos problemas sócio-espaciais contemporâneos, a fim de que a humanidade possa caminhar rumo a um futuro mais justo e feliz.
As histórias de instituições como o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), a Academia Brasileira de Ciências; a SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (que presidiu entre 1993 e 1995), bem como a USP, na qual continua atuante no Instituto de Estudos Avançados como professor honorário, não podem ser contadas sem que se considere a competente contribuição técnico-científica e dirigente desse sábio e dedicado mestre.
Professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Ab’Sáber coleciona importantes prêmios que expressam reconhecimento pelo muito que o Brasil e o mundo lhe devem. Contudo, o Brasil e o mundo estão longe do reconhecimento merecido por este que é símbolo da inteligência e compromisso com uma ciência a serviço da dignidade humana.
A coerência do professor Aziz Ab’Sáber é outra característica que lhe enobrece. Nunca fecha os olhos aos problemas sociais no território brasileiro e no espaço mundial; nunca deixa de reconhecer o mérito de políticas favoráveis ao projeto de sociedade democrática e justa. Do mesmo modo, nunca deixa de criticar as políticas e os governos que as perpetram quando as julga injustas. Foi assim contra a ditadura militar, como incisivo foi com relação ao governo de Fernando Henrique Cardoso, seu colega de USP, e mesmo em relação ao governo do presidente Lula, a quem emprestou seu prestígio e colaborou na elaboração programática em diversas campanhas presidenciais até 2002. Com a humildade que lhe é peculiar, mas do topo da autoridade moral e intelectual que lhe assegura respeitabilidade no mundo todo, tem a coragem de falar de sua indignação com a incompetência técnica, científica, administrativa e social de membros do primeiro escalão do governo. E ousadia para afirmar que em relação à educação e à preservação ambiental os erros são bárbaros. “Falta estudá-los seriamente, com profundidade e interdisciplinaridade”, afirma. Questionado sobre o discurso do presidente de que “a Amazônia brasileira não pode continuar intocada, mesmo porque lá moram 20 milhões de pessoas”, Ab’Sáber, com o modo respeitoso mas sincero que lhe é peculiar, porque cientificamente honesto, afirma: “É um erro sem tamanho afirmar isso. Cerca de 70% dessa população já migrou para as cidades devido à dificuldade de conseguir um emprego na agropecuária. O problema principal é saber como a Amazônia está sendo tocada, por quem e por que tipo de capitalismo”. Ab’Sáber tem demonstrado decepção com o fato dos governantes nada fazerem para conhecer a Amazônia, mediante trabalhos sérios de pesquisadores e cientistas. Em recente entrevista, observa: “Qualquer coisa que diga respeito a um projeto é feita sem previsão de impacto, sem delimitação de subáreas. Na questão amazônica, cheguei a fazer um mapinha das 23 células espaciais e mandei para o Lula quando assumiu a presidência, com uma carta dizendo que deveria reunir em Brasília pessoas competentes, geógrafos, geólogos, sociólogos, indigenistas para estudar cada uma delas. Depois, se organizariam seis comissões com pós-graduandos e técnicos para ir até as células, comparando os problemas, que são muito variados. Mas alguém rasgou a carta, eles não querem a opinião de ninguém. Uma das minhas críticas ao governo Lula é a falta de democracia no debate das idéias”.
A indignação é desse cidadão do mundo que optou por ser geógrafo, mas pensa o espaço geográfico na perspectiva histórica. Desde seus primeiros trabalhos, como “Regiões de Circundesnudação Pós-etácica no Planalto Brasileiro”, ainda nos anos 40 com repercussão internacional — até “A Revolta dos Ventos”, que explica o quanto as areias das campanhas gaúchas têm a ver com o mau uso do solo, não há região que Aziz não tenha estudado ou visitado. Um de seus trabalhos mais recentes explica tudo acerca dos oito mil quilômetros de litoral brasileiro, do Oiapoque ao Chuí — praias, mangues, encostas, ilhas, bocas de rios, restingas, enseadas, fauna e flora, e como se formaram ao longo dos últimos milhares de anos. Entre outras obras de grande relevância, inclui-se “Amazônia: do discurso à praxis” (1996) publicado pela Edusp, onde faz o que mais sabe fazer: ensina sobre os problemas ecológicos, econômicos, geomorfológicos e climáticos; sobre relação do homem com a natureza e os impactos ambientais, a necessidade de proteção, entre outras questões centrais para se pensar essa região que tem papel fundamental na geografia do Brasil e do mundo.
O mestre também realiza sua práxis social pela afirmação do princípio de que a educação é o elemento fundamental para a inserção social dos explorados e oprimidos. Estuda as periferias, elabora projetos de instalações úteis para as crianças, como o projeto de mini-vilas olímpicas /clube da comunidade; organiza uma campanha por bibliotecas comunitárias, montadas em centros comunitários, sedes de escolas de samba, presídio, cursinhos pré-vestibulares, etc. Tem consciência de que o acesso aos livros é condição fundamental para que crianças e jovens conquistem o hábito da leitura e possam ser protagonistas de um futuro digno e feliz.
Por isso, o presente ato se reveste de um significado muito especial. É um belo momento de lançamento de livro. Belo, porque livro; belo porque a autora, jornalista e escritora Gisele Pecchio escreve para crianças de todas as idades e, concordando com o professor Ab’Sáber, contribui para transformar o amor pela leitura em caminho de inserção social, especialmente ao editar sua obra em padrão convencional, em braile e áudio-livro, coisa que o poder público e as grandes editoras se negam a fazer porque o lucro se sobrepõe ao direito humano ao saber. O momento é de beleza porque o livro trata da Amazônia – objeto estudado com profundidade pelo mestre e nele é inspirado. Mesmo porque, aos 84 anos completados no último dia 24 de outubro, o professor Aziz Ab’Saber é um exemplo da capacidade de sonhar inerente às almas que se mantém crianças.
Edmilson Brito RodriguesDoutorando em Geografia pela USP
Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Fontes:
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=24184
http://cienciahoje.uol.com.br/1678
http://www.vermelho.org.br/diario/2002/1126/antero_1126.asp
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2005/espaco55mai/0perfil
http://www.comciencia.br/entrevistas/aziz/aziz01.htm
http://cienciahoje.uol.com.br/1678
http://ocavirtual.wordpress.com/2008/07/03/aziz-absaber-fala-sobre-a-amazonia/
http://profissaogeografo.blogspot.com/2007/09/aziz-absaber-reconceituando-educao.html
http://blog.controversia.com.br/2008/11/24/aziz-ab%C2%B4saber/
Revista Teoria e Debate Fundação Perseu Abramo nº 18 maio/junho/julio de 1992.




Ab'Sáber apresenta em palestra suas memórias sobre a Amazônia

Cerca de 150 pessoas, entre professores, estudantes e admiradores do Prof. Aziz Ab'Sáber, geógrafo dos mais respeitados no mundo, participaram de uma palestra (ou aula, como ele prefere dizer) sobre a Amazônia, na terça, 9, no auditório Eva Herz da Livraria Cultura. A aula foi dedicada aos povos da Amazônia e aos cultores das Ciências da Terra e teve inspiração em livro para crianças autografado no final, pela autora e seu orientador. Escrito pela jornalista Gisele Pecchio com orientação de Ab'Sáber, que é personagem na história, o livro "Uma Aventura na Amazônia - Raycha" é uma aula repleta de aventuras numa viagem pela última grande floresta tropical do planeta na qual Ab'Sáber é vivido pelo personagem Xeique, um mestre que ensina o que as crianças precisam conhecer sobre a história e a geografia da região. A obra é o terceiro volume de coleção pioneira no formato acessível e pode ser adquirida em tinta ou braile mais audiolivro, com narração da própria autora. O ex-prefeito de Belém (PA), arquiteto e geógrafo Edmilson Brito Rodrigues, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia, doutorando em Geografia Humana pela USP, realizou a apresentação de Ab'Sáber aos presentes, destacando seu extenso currículo, sabedoria e dignidade a serviço do Brasil. Aziz Nacib Ab'Sáber "é professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e honorário do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo e desenvolveu teses de importância singular para a ciência geográfica universal. Ao longo de mais de seis décadas de trabalho, que continua em pleno poder frutificador, produziu e publicou muitas centenas de artigos, teses, projetos e livros. Se seu referencial de análise é o geográfico, Ab'Sáber, por ser um pensador crítico e arguto, é um desses raros intelectuais do planeta com um senso de totalidade surpreendente, e grandeza para advogar a necessidade de um esforço interdisciplinar para a apreensão, compreensão e solução dos problemas sócio-espaciais contemporâneos, a fim de que a humanidade possa caminhar rumo a um futuro mais justo e feliz", destacou. De acordo com Edmilson, "o Brasil e o mundo estão longe do reconhecimento merecido por este que é o símbolo da inteligência e compromisso com a Ciência a serviço da dignidade humana". Para receber o conteúdo desta apresentação solicitar para asasdaimaginacao2003@hotmail.com

Descrição das fotos:

Ab'Sáber: "O acesso aos livros é condição fundamental para que crianças e jovens conquistem o hábito da leitura e possam ser protagonistas de um futuro digno e feliz". Audiovisual tem ilustrações do livro "Uma Aventura na Amazônia - Raycha", com óleo sobre tela de Gladys Ometto e desenhos de José Carlos Mecchi.

07/12/2008

MEIO AMBIENTE. MORTE É CERTA PARA GRANDES ÁRVORES, EM OSASCO














































 


As fotos mostram a mutilação, agonia e morte de uma representante da nobre linhagem da flora. Depois de morto o vegetal, ainda recebeu o escárnio de alguns seres humanos que seguem o paradigma da atualidade: a ignorância. Fotos: Gisele Pecchio, Osasco (SP), rua Dante Battiston (7/12/08)

No dia 6 de dezembro estava indo ao encontro de crianças e pais, na Livraria Cultura, para autografar o lançamento de Uma Aventura na AmazôniaRaycha livro escrito com orientação do geógrafo e respeitado ambientalista Prof. Aziz Ab’Sáber (FFLCH/IEA-USP) quando me deparei com uma passeata política, supostamente em favor do meio ambiente, na cidade de Osasco.
Fiquei parada diante do semáforo e dos manifestantes na rua Dante Battiston, no cruzamento com a rua Dona Primitiva Vianco. Alguns metros atrás do meu carro, na calçada, coberto de lixo e dejetos humanos – marcas da ignorância e falta de educação – estavam alguns centímetros do caule que sobrou da última grande árvore do extinto quadrilátero verde da região central.
Para quem não é daqui ou para quem não tem compromisso com a cidade, fato não raro entre muitos que detém o poder de dar um basta na poda mutilatória e no corte de árvores, a belíissima ex-sobrevivente da grande flora era um frondoso condomínio de pássaros que ainda voam em torno do local na busca inútil dos braços verdes que lhes ofereciam abrigo. Em julho deste ano, do outro lado da rua, foram abatidas, após várias sessões de tortura e mutilações, frondosas seringueiras que deveriam ter sido preservadas e tombadas.
O respeitado Prof. Ab’Sáber, geomorfologista reconhecido no mundo todo pelas suas contribuições à ciência, defende com veemência a urgência de previsão de impactos em projetos desenvolvimentistas, “uma exigência da ciência, da cultura e da ética”, segundo ele.
No caso das grandes árvores que vêm sendo mutiladas e abatidas, no centro de Osasco, a desculpa parece ser o cupim e os fios da rede elétrica. Ora, o cupim pode ser evitado ou eliminado e a manutenção na rede elétrica é muito bem paga pelo contribuinte, que deveria exigir fiação subterrânea para preservar o meio em que vive e cria os seus filhos, cada vez com menos referência da história e geografia do lugar em que vivem devido a essas constantes e grosseiras intervenções no espaço urbano.
Restos dos caules das seringueiras sacrificadas estão ardendo em chamas e fumaça, outra ação criminosa. Qualquer estudante sabe, ou deveria saber, na ponta da língua, porque não devemos abater as árvores e muito menos provocar queimadas. É certo que a ignorância está na moda, senão a lei municipal que proíbe soltar fogos de artifício e fazer barulho nos arredores dos hospitais seria respeitada por políticos e empresários, para o conforto dos convalescentes [como aqueles que estavam no Hospital Municipal Antonio Giglio na manhã da última sexta, quando inauguraram uma loja de roupas no Calçadão com uma grosseira e desrespeitosa queima de fogos, em pleno dia].
Por falar em lei, já escrevi sobre isso, noutro artigo, mas é bom lembrar que se depender da branda lei 3995, que disciplina o corte, a poda e o replantio de árvores na cidade de Osasco, a sanha dos devoradores da expressão máxima da beleza da criação divina, que é o reino vegetal, vai continuar, sem limites. E para piorar, nos dispositivos que norteiam o uso do solo na cidade de Osasco ainda não é obrigatório reservar percentual de área permeável.
Ao lançar um livro sobre a Amazônia, para crianças, com orientações de um geógrafo que é referência mundial na defesa das boas práticas ambientais, um defensor do princípio de que devemos nortear nosso trabalho a partir da microregião que nos é dada habitar, eu não poderia deixar de fazer esse registro na expectativa de que algo possa ser feito para salvar a ética, os valores e os princípios, sem os quais não dá para salvar o meio em que vivemos e ser digno de láurea alguma.

Pedrinho e sua linda família. Pedrinho é mesmo um garoto de sorte. Tem o privilégio da companhia dos avós maternos e paternos, além do papai e mamãe, nos seus passeios. Ao colorir o desenho do passeio de carro do cãozinho Toby, Pedrinho pediu para o vovô (que desenha e pinta muito bem) fazer ao lado do carro do Toby uma motocicleta . Vovô caprichou no desenho e Pedrinho levou para casa junto do livro autografado pela autora. Foi no sábado, 6/12, no setor de livros infantis da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, durante sessão de autógrafos da escritora Gisele Pecchio.

Colegas se reencontram na tarde de autógrafos da Livraria Cultura. Gisele Pecchio e Dina Leitão, que trabalharam juntas na Diretoria de Marketing do Bradesco, gestão de Luiz Trabuco. Hoje, Dina cursa língua francesa na USP.
E por falar da Universidade de São Paulo, a biblioteca da FFLCH da USP acaba de tombar o livro Uma Aventura na Amazônia - Raycha, doado pela autora e que passa a fazer parte do acervo.



Aspecto do caixa do setor infantil da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, com os livros da autora Gisele Pecchio, em tinta e braile, empilhados à disposição de clientes como o menino Gabriel e seu pai Sandro (autor da foto) e da menina Isabela e seu irmãozinho Daniel.
Maria Helena e seu marido José Vicente foram conferir a edição em braile e o audiolivro do lançamento Uma Aventura na Amazônia - Raycha, que contém a história narrada pela autora e trechos de músicas com temas relacionados à Amazônia, entre elas a belíissima Yanomami, do músico Zé Paulo Medeiros, mineiro residente em Santana de Parnaíba (SP), Saga da Amazônia, de Vital Farias, Vós sois o lírio mimoso, de Euclides Farias interpretada por Leila Pinheiro e Festa do Círio de Nazaré, com Cauby Peixoto. Os direitos fonográficos e autorais foram gentilmente liberados pelas gravadoras e pelos artistas para que as canções pudessem constar da edição limitada em braile.
A coordenação de Eventos da Livraria Cultura acertou ao destacar Elias para o serviço de buffet. Muito atencioso, ele não deixou faltar a água, preferida pela autora, e o refrigerante para refrescar pais e filhos que foram conhecer Gisele Pecchio e os livros da Coleção Toby.

Gisele autografa para Marcia dos Santos Bernardino (na foto, entre Mônica Fedeche Alves e a autora da Coleção Toby).

01/12/2008


Dom. 30/11/08 - O melhor da mostra audiovisual foi conhecer Edna Pereira Albino e a sua Rosa do Deserto. Obrigada, Edna.