31/01/2011

TIA NEYDE

Chegou ontem e voltará hoje para Quatá (SP) a minha querida tia Neyde, irmã mais nova de mamãe. Sua presença trouxe muita alegria para nós. Sem contar que ajudou as horas passarem mais rápido. Recebo a visita de enfermeiros de 8 em 8 horas para aplicar antibiótico na veia. Serão centenas de picadas até o término do tratamento, em julho deste ano. Que Deus  me ajude a suportar a dor das intervenções invasivas nos braços.

27/01/2011

Mais antibióticos

Ao retornar, ontem, 26, em consulta ao médico-cirurgião de coluna foi pedido RX da coluna e do quadril. Ele constatou que apesar de toda a carga de antibióticos tomada por mim, há quase um ano, ainda tenho infecção no quadril. Proteus seria o nome das bactérias. Resultado: mais antibióticos na veia durante os próximos seis meses, em casa, de oito em oito horas. Será outra prova muito dura porque minhas veias dos braços estão esclerosadas de tanta manipulação invasiva. Foram milhares de picadas nos últimos dez meses. Mas não tem jeito. Se eu ficar no hospital mais seis meses minha mãe não resistirá; ela quer cuidar de mim e se esforça nesta tarefa com a ajuda da minha cuidadora Fau. Da minha parte, no hospital corro o risco de adquirir mais e mais infecções hospitalares. E vamos lá, até a próxima dose de Evenim (Tyenam). Sinto-me fraca para suportar mais uma cirurgia na coluna para a retirada de parafusos. Ficará para mais tarde. Enquanto isso, sem controle de tronco, fico me equilibranco com dificuldade na cadeira e na cama sentindo os parafusos nas minhas costas magras.

25/01/2011

24 de janeiro

Na segunda, 24, dormi pela primeira vez durante toda a noite, sem interrupções, desde que me acidentei, em 7 de março do ano passado. Com a medicação certa dá para dormir, equilibrar a química cerebral e ter apetite para receber o combustívrl da vida: a alimentação.
O resultado foi um café da manhã preparado pela mamãe, com o amor de sempre, e degustado por mim até o fim, com o mesmo amor. Tenho recebido ajuda e dicas aqui no blog e lanço mais uma: qual seria uma dieta equilibrada para me proteger das infecções e sarar as úlceras de pressão que adquiri na longa internação hospitalar: região sacra e glúteo?
Também me senti fraca na segunda, durante o dia, devido à falta de sono e alimentação. Tudo sanado nesta terça, graças a Deus e às orações dos amigos para os quais liguei pedindo ajuda e falei um monte de bobagens. A fraqueza me levou achar que eu perderia a capacidade de decisão e precisaria de internação em alguma instituição, coisa que jamais se preconiza hoje em dia, somente em último caso.
Vendi meu carrro, também nesta segunda. Uma relíquia colecionada por mim e que me acompanhou nos últimos 23 anos: um Fiat UNO 1.5R, álcool. Aos poucos vou me desprendendo da vida ativa que eu levava para me adaptar à cadeira de rodas e à cama até ser chamada pela AACD de Osasco para iniciar o programa de reabilitação e adaptação. Espero voltar ao trabalho para cumprir o tempo que ainda falta para eu me aposentar.
Agora vou ao banco, pela primeira vez. Preciso pagar contas e ver como anda o meu saldo. Tenho gastado muito com o trabalho de cuidadoras, fisioterapia e remédios.
Até  mais!

"O Deus que habita em mim saúda o Deus que mora em ti"

18/01/2011

5ª Cirurgia

Vencida pela febre bacteriana fui internada no dia 29 de dezembro (após o aniversário da mamãe, é claro). No mesmo dia passei pela quinta cirurgia (a segunda no quadril, as demais foram na coluna). Tive alta médica no dia 14 último graças à sensibilidade da direção médica do hospital em atender petição minha: continuar tratamento profilático a base de antibióticos vancomicina e tazocin em casa. Esse tratamento prosseguirá até esta sexta. Dia 26 tenho retorno médico com o cirurgião-chefe do grupo de coluna para avaliação e possível agendamento do novo procedimento cirúrgico. Poderá ser feita a retirada de parafusos que já perderam a função e estão causando desconforto e atrofia em local entre a parte torácica e lombar da minha sofrida coluna vertebral. Não menos sofrida que o meu trato digestivo. Sofro com a falta de entendimento sobre o porquê tenho tão pouca disposição para ingerir alimentos sólidos. Já comia pouco antes do acidente. Sempre preferi a ingestão de sucos e líquidos comendo apenas o necessário para o meu gosto: salada, arroz, feijão e alguma mistura em pequenas porções. Mas hoje chego a ter vômitos quando passa um pouquinho do limite bastante reduzido aceito pelo meu organismo.
Sinto rigidez na musculatura do estômago e abdômen e as complicações dos espasmos involuntários que me fazem sentir comprimida dentro de mim mesma. Sem falar do pouco gasto calórico devido à paralisia em que me encontro a partir do estômago.
Mas a parte boa de tudo são as pessoas maravilhosas que Deus tem enviado em meu auxílio, cuidado e proteção. Além da mamãe e da maravilhosa Fau, minha cuidadora, conheci e tenho o privilégio de conviver com uma constelação de anjos que se apresentam como enfermeiros.
Sobre esses anjos, contarei depois.
Com a proteção do amado JESUS CRISTO, o Mestre dos mestres, o Senhor do Tempo, vou descansar um pouquinho da cadeira de rodas e do computador no leito.