"Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile"
13/09/2009
letra: John Turner e Geoffrey Parsons
Música: Charlie Chaplin
Interpretação: Michael Jackson
SMILE though your heart is aching
Smile even though it's breaking
When there are clouds in the sky you'll get by
If you smile with your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you just...
Ligh up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just...
Smile though your heart is aching
Smile even though it's breaking
When there are clouds in the sky you'll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you just...
Smile
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile
Música: Charlie Chaplin
Interpretação: Michael Jackson
SMILE though your heart is aching
Smile even though it's breaking
When there are clouds in the sky you'll get by
If you smile with your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you just...
Ligh up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just...
Smile though your heart is aching
Smile even though it's breaking
When there are clouds in the sky you'll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you just...
Smile
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile
11/09/2009
ALUNOS DO PAPA REFLETEM
Alunos do professor Eduardo Humberto (Geo), Colégio Papa Mike, durante workshop sobre o livro Uma Aventura na Amazônia - RAYCHA, de Gisele Pecchio, com orientação do geógrafo Aziz Ab'Sáber.
Por meio de recursos multimídia e mapas, a escritora selecionou duas partes do conteúdo relativo à geografia da Amazônia para conversar sobre a foz do rio Amazonas e sobre o encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Gisele exibiu o capítulo "O Xeique" (personagem de Aziz Ab'Sáber), com som do audiolivro que acompanha a edição em braille da obra e imagens do livro em papel (foto). Na abertura do trabalho, a autora lembrou os oito anos do atentado terrorista que destruiu as torres gêmeas do World Trade Center e teria matado mais de 3 mil pessoas, em 11 de setembro de 2001, nos EUA. Acontecimento grave, com influência na geopolítica mundial, culminando com a morte de mais de 100 mil pessoas no Afeganistão e Iraque dois anos mais tarde, em ataques promovidos por tropas norte-americanas e aliados.
"Enquanto eu escrevia as aventuras do Toby e seus amigos pássaros em meu primeiro livro, Um par de asas para Toby (2003), o então presidente Bush empreendia ataques aéreos sobre a cidade de Bagdá, ato tão hediondo como o ataque terrorista contra os EUA, e que motivou uma reflexão, na pág. 14, sobre o dom de voar ofertado ao ser humano com inspiração nos pássaros mas usado, infelizmente, também para a destruição".
Gisele aproveitou a data para lembrar aos alunos o extermínio de centenas de nações indígenas como os povos que habitavam a Amazônia, hoje reduzidos a uns poucos milhares, vitimados pelo caos fundiário e pela especulação do capitalismo selvagem.
O workshop encerrou com uma explanação sobre o livro acessível, tema obrigatório nas falas da autora, e a exibição de um vídeo sobre literatura em braille.
10/09/2009
Trecho do workshop sobre o livro "Uma Aventura na Amazônia - RAYCHA".
— Na foz do Amazonas há uma enorme ilha cuja metade é voltada para o mar, composta de planícies e alagadiços, e a outra metade se compõe de terra firme florestada. De um lado está o estreito de Breves, de outro está a boca norte do rio Amazonas e ao sul está o rio Pará, receptor das águas de Breves e das águas do rio Tocantins.
Na beira do estreito de Breves, muito largo e por isso recebeu material sedimentado que o rio traz, fechou-se um vão de 22 quilômetros, entre a ilha de Marajó e as terras firmes de Caxiuanã e Portel, restando uns pequenos canais de água originária do rio Amazonas. Baía das Bocas é como a população denominou o local onde esse delta interior acaba, mas várias bocas o identificam.
Na beira do estreito de Breves, muito largo e por isso recebeu material sedimentado que o rio traz, fechou-se um vão de 22 quilômetros, entre a ilha de Marajó e as terras firmes de Caxiuanã e Portel, restando uns pequenos canais de água originária do rio Amazonas. Baía das Bocas é como a população denominou o local onde esse delta interior acaba, mas várias bocas o identificam.
— Esse delta é uma letra, professor? —, pergunta Laura.
— Também é uma letra, a quarta do alfabeto grego. Mas nesse caso aqui é a foz, onde o rio Amazonas deságua no mar, a sua embocadura, que tem ilha de aluvião em formato triangular. Ou seja, tem depósito de argila e sedimentos finos que as enxurradas formam junto às margens ou na foz dos rios.
O delta de Breves está entre os mais originais deltas de fundo de estuário conhecidos, onde se distribuem cerca de 200 ilhas e o impressionante débito de cerca de 200 mil metros cúbicos de água por segundo, só na boca norte, a principal delas. Tão gigantesco é o volume de água que ela permanece doce até um raio de 150 quilômetros após desembocar no Oceano Atlântico.
09/09/2009
Brasil Leitor
Estudantes se reúnem na estação do Metrô para ler e conversar sobre Amazônia, livro acessível e bullying, entre outros assuntos
A chuva pesada que caiu sobre a cidade de São Paulo nesta terça, 8, não impediu o encontro de um animado grupo de estudantes do CCJ Morro Grande, Freguesia do Ó (zona norte), acompanhados da educadora Marina e da assistente Marisa, com a escritora Gisele Pecchio que estreiou no programa Embarque na Leitura, mantido pelo Instituto Brasil Leitor. O animado encontro se deu em palestra e oficina de leitura com abordagem sobre o livro acessível e leitura do capítulo Terra paraoara, de Uma Aventura na Amazônia - Raycha. Os estudantes participaram ativamente formulando perguntas, a maioria sobre o sistema braille, e lendo como o jovem Glauco (blusa vermelha), Thays (blusa rosa) e Joyce (blusa escura)). Também participaram das leituras Camila, Mayara, Daiane, Thayná, Ronaldo, Jefferson Rodrigues e Jefferson Ludgero, Carla, Ariane, Anderson, Michael, Helen, Silas e Sidney.
08/09/2009
Vila Cultural
Descrição da imagem: págs. 8, 9 e 10 da revista Vila Cultural, set/09. Leia na postagem abaixo a transcrição da entrevista completa, com referências à literatura braille e ao livro acessível, ausentes na matéria editada.
ENTREVISTA
Transcrição na íntegra de entrevista realizada com Gisele Pecchio para compor a matéria Mais do que para crianças, os novos livros infantis são para pessoas, revista "Vila Cultural", edição 64, set/09, págs. 8 a 10. Descrição da Imagem: Capas do livro "Uma Aventura na Amazônia - Raycha", traz as personagens Toby, Laura e Raycha num barco sobre as águas do rio-mar e o Xeique (Prof. Ab'Sáber) com crianças indígenas e vitórias-régias.
Literatura para crianças
- Você acredita que existem elementos ou temas específicos que devem fazer parte dos livros infantis?
- O lúdico e o imaginário são importantes na composição de histórias para crianças, sem infantilizar. O que não significa eliminar os diminutivos e a doçura da linguagem mas utilizar elementos do discurso amoroso de forma equilibrada.
- Quais são eles?
- Trazer para a ficção elementos da realidade é uma forma divertida de motivar a criança a experimentar o mundo por meio de imagens, palavras, sons e sensações. Quando transformo um bando de pássaros em “esquadrilha da fumaça” e os apresento como os melhores amigos de um cão estou dando asas à imaginação e abrindo as portas para infinitas possibilidades de pensar e criar a partir de elementos simples. Temas de base à construção do caráter, como a liberdade com respeito às regras e ao próximo, e os valores universais na condução dos destinos do ser humano através dos tempos são importantes na formação psicológica da criança.
- É possível abordar todo tipo de assunto quando se escreve para crianças e jovens? Como isso pode ser feito?
- Igual ao alimento que nutre o corpo físico, a informação nutre o espírito e da mesma forma é preciso parcimônia na abordagem de ambos. Não penso que todo tipo de assunto seja do interesse de todos muito menos que resulte igual para todos. O respeito e a adequação ao foco de interesse do leitor é a base na preparação do cardápio de ideias.
- Qual é o papel do imaginário na literatura infanto-juvenil?
- É o fio condutor que permite enxergar com olhos de vaga-lume o que ninguém vê. É falar a língua dos bichos, das plantas, da terra, dos ventos, das águas e dos deuses. É descrever com precisão lugares, pessoas e sentimentos que jamais se experimentou.
- Presentear a criança com um livro não é garantia que ela vá gostar de ler. Quais são as melhores maneiras de despertar o prazer pela leitura desde cedo?
- É reservar um momento do dia para ler para a criança e sempre que possível levá-la para participar de oficinas de leitura em livrarias e bibliotecas, ambientes muito importantes na formação de leitores e cidadãos críticos. Aprendemos com os exemplos que temos diante de nós.
- O que é melhor, o adulto sugerir os temas e as obras para a criança ou deixá-la escolher o que quer ler?
- O domínio próprio deve ser incentivado, mas penso que as duas formas são apropriadas desde que o adulto e a criança tenham um bom entendimento.
- Contar histórias é uma experiência que as crianças adoram. Como a contação pode contribuir para a criança gostar e se interessar pelos livros?
- A roda de leitura com as crianças, o autor do livro ou o contador de histórias é a forma preconizada como o modelo ideal de motivar a ler. Mas existem outras formas, igualmente eficazes, se movidas pelo desejo honesto de promover a criança. Um bom exemplo é a pequena Liesel que aprendeu a ler com seu pai, de pouca instrução, por meio de um livro que encontrou no cemitério: “Manual do Coveiro” [“A menina que roubava livros”, de Markus Zusak]
- Como surgiu a ideia de lançar os seus livros também em Braille?
- Ao buscar resposta para uma pergunta que fiz a mim mesma, quando escrevi “Um par de asas para Toby” (2003), descobri o imenso abismo que separa o cego do mundo dos livros e das letras. Perguntei-me: “Como uma criança cega lerá este livro?” A resposta: “pelo sistema braille”. Eu só não sabia que poucos detém a solução para as necessidades de leitura de muitos e que as portas não seriam abertas com facilidade para mim (como não são também para os leitores cegos), por mais honesto que fosse o meu desejo de fazer um livro acessível a todos.
- Como foi o processo de realizar este trabalho? Quais as principais dificuldades enfrentadas?
- A falta de apoio decorrente do desinteresse por esse tipo de trabalho. O Instituto de Cegos Padre Chico, escola especializada na educação de cegos pelo sistema braille, por meio de um de seus beneméritos, foi a porta aberta para mim graças ao radialista José Paulo de Andrade (Rádio BAND) que noticiou a minha dificuldade na busca de apoio. A primeira transcrição e impressão braille dos meus livros foi realizada no instituto. Agora acabo de lançar a segunda edição em braille e tinta ampliada, em conformidade com o padrão ABNT, pela Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual Laramara, graças, em parte, ao apoio recebido de uma empresa onde trabalhei. A Laramara, por meio da sua presidente, Mara Siaulys, também inscreveu os três primeiros livros da coleção Toby no “V Prêmio Ibero-americano SM de Literatura Infantil e Juvenil”. Para mostrar que no caminho de uma autora existem pedras mas também há flores, além da orientação de Aziz Ab’Sáber em “Uma Aventura na Amazônia – Raycha”, acabei de ser convidada para colocar Toby em “Embarque na Leitura”, nas bibliotecas do Metrô de São Paulo, uma realização do Instituto Brasil Leitor. Também na música de Zé Paulo Medeiros, “Canção para Toby”, o protagonista das minhas histórias será lembrado pelas crianças.
Gisele Pecchio
Coleção Toby - em tinta, braille+tinta ampliada e audiolivro
. “Um par de asas para Toby” (2003)
. “Toby e os Mistérios da Floresta” (2004)
. “Uma Aventura na Amazônia – Raycha” (2008)
À venda nas lojas das livrarias Cultura http://www.livrariacultura.com.br/ e da Vila www.livrariadavila.com.br
Literatura para crianças
de todas as idades
- Você acredita que existem elementos ou temas específicos que devem fazer parte dos livros infantis?
- O lúdico e o imaginário são importantes na composição de histórias para crianças, sem infantilizar. O que não significa eliminar os diminutivos e a doçura da linguagem mas utilizar elementos do discurso amoroso de forma equilibrada.
- Quais são eles?
- Trazer para a ficção elementos da realidade é uma forma divertida de motivar a criança a experimentar o mundo por meio de imagens, palavras, sons e sensações. Quando transformo um bando de pássaros em “esquadrilha da fumaça” e os apresento como os melhores amigos de um cão estou dando asas à imaginação e abrindo as portas para infinitas possibilidades de pensar e criar a partir de elementos simples. Temas de base à construção do caráter, como a liberdade com respeito às regras e ao próximo, e os valores universais na condução dos destinos do ser humano através dos tempos são importantes na formação psicológica da criança.
- É possível abordar todo tipo de assunto quando se escreve para crianças e jovens? Como isso pode ser feito?
- Igual ao alimento que nutre o corpo físico, a informação nutre o espírito e da mesma forma é preciso parcimônia na abordagem de ambos. Não penso que todo tipo de assunto seja do interesse de todos muito menos que resulte igual para todos. O respeito e a adequação ao foco de interesse do leitor é a base na preparação do cardápio de ideias.
- Qual é o papel do imaginário na literatura infanto-juvenil?
- É o fio condutor que permite enxergar com olhos de vaga-lume o que ninguém vê. É falar a língua dos bichos, das plantas, da terra, dos ventos, das águas e dos deuses. É descrever com precisão lugares, pessoas e sentimentos que jamais se experimentou.
- Presentear a criança com um livro não é garantia que ela vá gostar de ler. Quais são as melhores maneiras de despertar o prazer pela leitura desde cedo?
- É reservar um momento do dia para ler para a criança e sempre que possível levá-la para participar de oficinas de leitura em livrarias e bibliotecas, ambientes muito importantes na formação de leitores e cidadãos críticos. Aprendemos com os exemplos que temos diante de nós.
- O que é melhor, o adulto sugerir os temas e as obras para a criança ou deixá-la escolher o que quer ler?
- O domínio próprio deve ser incentivado, mas penso que as duas formas são apropriadas desde que o adulto e a criança tenham um bom entendimento.
- Contar histórias é uma experiência que as crianças adoram. Como a contação pode contribuir para a criança gostar e se interessar pelos livros?
- A roda de leitura com as crianças, o autor do livro ou o contador de histórias é a forma preconizada como o modelo ideal de motivar a ler. Mas existem outras formas, igualmente eficazes, se movidas pelo desejo honesto de promover a criança. Um bom exemplo é a pequena Liesel que aprendeu a ler com seu pai, de pouca instrução, por meio de um livro que encontrou no cemitério: “Manual do Coveiro” [“A menina que roubava livros”, de Markus Zusak]
- Como surgiu a ideia de lançar os seus livros também em Braille?
- Ao buscar resposta para uma pergunta que fiz a mim mesma, quando escrevi “Um par de asas para Toby” (2003), descobri o imenso abismo que separa o cego do mundo dos livros e das letras. Perguntei-me: “Como uma criança cega lerá este livro?” A resposta: “pelo sistema braille”. Eu só não sabia que poucos detém a solução para as necessidades de leitura de muitos e que as portas não seriam abertas com facilidade para mim (como não são também para os leitores cegos), por mais honesto que fosse o meu desejo de fazer um livro acessível a todos.
- Como foi o processo de realizar este trabalho? Quais as principais dificuldades enfrentadas?
- A falta de apoio decorrente do desinteresse por esse tipo de trabalho. O Instituto de Cegos Padre Chico, escola especializada na educação de cegos pelo sistema braille, por meio de um de seus beneméritos, foi a porta aberta para mim graças ao radialista José Paulo de Andrade (Rádio BAND) que noticiou a minha dificuldade na busca de apoio. A primeira transcrição e impressão braille dos meus livros foi realizada no instituto. Agora acabo de lançar a segunda edição em braille e tinta ampliada, em conformidade com o padrão ABNT, pela Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual Laramara, graças, em parte, ao apoio recebido de uma empresa onde trabalhei. A Laramara, por meio da sua presidente, Mara Siaulys, também inscreveu os três primeiros livros da coleção Toby no “V Prêmio Ibero-americano SM de Literatura Infantil e Juvenil”. Para mostrar que no caminho de uma autora existem pedras mas também há flores, além da orientação de Aziz Ab’Sáber em “Uma Aventura na Amazônia – Raycha”, acabei de ser convidada para colocar Toby em “Embarque na Leitura”, nas bibliotecas do Metrô de São Paulo, uma realização do Instituto Brasil Leitor. Também na música de Zé Paulo Medeiros, “Canção para Toby”, o protagonista das minhas histórias será lembrado pelas crianças.
Gisele Pecchio
Coleção Toby - em tinta, braille+tinta ampliada e audiolivro
. “Um par de asas para Toby” (2003)
. “Toby e os Mistérios da Floresta” (2004)
. “Uma Aventura na Amazônia – Raycha” (2008)
À venda nas lojas das livrarias Cultura http://www.livrariacultura.com.br/ e da Vila www.livrariadavila.com.br
04/09/2009
Descrição da imagem: matéria publicada no jornal A Rua (Grande São Paulo Oeste), pág. 10, 4/9/09, e capa do folder da programação cultural do Metrô de São Paulo, mês de setembro, na estação Santa Cecília.
Brasil Leitor: Embarque na Leitura
com Gisele Pecchio e Toby
Na terça, dia 8, às 15 horas, a escritora Gisele Pecchio se apresentará em palestra e oficina literária ao público da Biblioteca Embarque na Leitura da estação Santa Cecília do Metrô de São Paulo. Participam 40 estudantes do colégio CJ Morro Grande (zona norte da capital), convidados pelo Instituto Brasil Leitor, gestor do projeto de incentivo à leitura com o apoio de parceiros como o Instituto Votorantim e o Metrô, entre outros.
Capítulo do livro Uma Aventura na Amazônia - Raycha, escrito pela autora com orientação do geógrafo Aziz Ab'Sáber, será objeto da oficina de leitura e das discussões sobre meio ambiente e acessibilidade ao livro e à leitura. Gisele Pecchio tem se dedicado a projeto pioneiro editando os próprios livros, reunidos na coleção Toby, em tinta, braille+tinta ampliada e Mp3, desde 2003. Sua obra é direcionada aos públicos infantil e juvenil e possui temática ambiental. O protagonista das histórias é o cãoToby, que mora na Jureía-Itatins.
Para seguir o trabalho da autora ir em www.twitter.com/GPecchio
03/09/2009
PROGRAME-SE A edição de setembro da Revista da Vila traz entrevista comigo na matéria "Mais do que para crianças, os novos livros infantis são para pessoas", págs. 8 a 10. A entrevista foi editada e apenas alguns trechos foram publicados. Você lê a transcrição do conteúdo da minha entrevista, na íntegra, na postagem do dia 8/9. A publicação é gratuita e circula nas lojas da Livraria da Vila, em São Paulo. A Vila Fradique tem o charme da Vila Madalena e a Vila Cidade Jardim é uma megaloja muito acolhedora. Uma boa dica de programa cultural livre para o final de semana, em São Paulo, é conhecer a Vila que no próximo dia 20, domingo, realizará promoção de livros infantis com desconto de 25%. Na foto, setor de livros infantis da loja que funciona no shopping Cidade Jardim.
01/09/2009
Bembelelém
A lei municipal 14.925 instituiu na cidade de São Paulo o Dia Municipal do Braille, a ser comemorado anualmente no dia 3 de setembro. O objetivo é favorecer a reflexão e a discussão, por meio de eventos próprios, sobre questões relacionadas à educação, empregabilidade e inclusão social das pessoas cegas e com baixa visão. A lei foi sancionada em 12/5/2009 em homenagem aos 200 anos de Nascimento de Louis Braille, inventor do sistema de escrita e leitura por meio de pontos em relevo.
No Brasil, o sistema Braille foi introduzido em 1850 por José Alvarez de Azevedo (1834-54), na cidade do Rio de Janeiro, após estudar na escola parisiense de Louis Braille. Ele foi o primeiro professor brasileiro cego e organizou a primeira escola para cegos na cidade onde nasceu e morreu, precocemente, sete meses antes de inaugurar o Imperial Instituto de Meninos Cegos, mais tarde denominado Instituto Benjamin Constant.
O patrono da educação de cegos no Brasil e o primeiro professor cego brasileiro, José Alvarez de Azevedo, ainda não recebeu o mérito da sua importante contribuição à educação brasileira de cegos. Nem a escola idealizada por esse educador levou o seu nome e sim de um militar estadista. Encontrei apenas uma instituição de cegos que leva o seu nome, na capital do estado do Pará, o Instituto de Cegos José Alvarez de Azevedo. Parabéns Belém pela merecida homenagem a um educador de reconhecidos méritos e que foi esquecido como são esquecidos tantos valorosos educadores nesse imenso país de curta memória...
No Brasil, o sistema Braille foi introduzido em 1850 por José Alvarez de Azevedo (1834-54), na cidade do Rio de Janeiro, após estudar na escola parisiense de Louis Braille. Ele foi o primeiro professor brasileiro cego e organizou a primeira escola para cegos na cidade onde nasceu e morreu, precocemente, sete meses antes de inaugurar o Imperial Instituto de Meninos Cegos, mais tarde denominado Instituto Benjamin Constant.
O patrono da educação de cegos no Brasil e o primeiro professor cego brasileiro, José Alvarez de Azevedo, ainda não recebeu o mérito da sua importante contribuição à educação brasileira de cegos. Nem a escola idealizada por esse educador levou o seu nome e sim de um militar estadista. Encontrei apenas uma instituição de cegos que leva o seu nome, na capital do estado do Pará, o Instituto de Cegos José Alvarez de Azevedo. Parabéns Belém pela merecida homenagem a um educador de reconhecidos méritos e que foi esquecido como são esquecidos tantos valorosos educadores nesse imenso país de curta memória...
Por Gisele Pecchio Dias
O livro acompanha a evolução da humanidade desde o alvorecer da história. Há quatro séculos inspirou a produção industrial em série, antecipando-se à indústria moderna. No limiar do século 21, novamente o livro se adianta à história da indústria do futuro para universalizar o acesso à informação e ao conhecimento nele encerrados.
Milhões de brasileiros estão excluídos do direito legítimo à informação, sem a qual não se dá o conhecimento e não se educa um povo para ser livre e empreendedor. Também não há sociedade democrática sem o livre acesso à informação, que não deve ser prerrogativa da minoria. Da mesma forma, não deve ter a minoria o poder decisório sobre o que milhões irão ler, ouvir, assistir e consumir.
Como pode o livro custar mais caro para o leitor brasileiro do que custa para o leitor norte-americano? Como explicar o preço tão alto no Brasil com todos os incentivos fiscais concedidos pelo governo? Como explicar a falta de acesso ao livro na Idade da Multimídia? Como não oferecer o formato acessível por supostos problemas com o direito autoral? Os profissionais da informática já deram soluções para derrubar esse preconceito. Da parte dos autores, tudo o que desejamos é ver as nossas obras nas mãos dos leitores, seja em que formato for.
Pirataria? Não há softwares mais violados no mundo do que os produzidos pela empresa de Bill Gates. Isso não impediu que ele fosse um dos homens mais ricos do planeta. A multimídia tem potencial para ser a mais poderosa das formas de comunicação de ideias que qualquer outro meio inventado porque é a junção de todos eles e ainda adiciona a interatividade com o usuário (no caso do livro, o leitor). Ainda é um recurso de alto custo, desafio que pode ser derrubado. Afinal, não foi olhando para os custos que o ser humano desafiou e venceu a gravidade na conquista do espaço.
A questão do livre acesso ao conhecimento, à informação e à educação por meio desta tradicional mídia, o livro, não se concentra apenas no aspecto relacionado ao preço. A população reclama igualdade de oportunidade no acesso ao livro. Encontrar o livro na livraria e não poder comprá-lo porque é caro é tão ruim como ter o dinheiro para comprar e não encontrá-lo em formato acessível. Há que se encontrar um padrão que atenda às necessidades dos leitores cegos ou com baixa visão e que haja entendimento sobre a necessidade de se banir a vergonhosa dívida social da exclusão ao livre acesso à leitura.
DIREITO LEGÍTIMO
A população reclama por mais espaços públicos de acesso ao livro, por acervos mais completos e atualizados e por um formato de livre acessibilidade à leitura. Esse clamor pela inclusão encontra ressonância entre os escritores que não encontram espaços nem iniciativas por parte dos gestores que facilitem o encontro entre autores livres e o público. As bibliotecas, seus acervos, seus recursos de multimídia (quando existem computadores e recursos de interatividade) e horários de funcionamento ainda são insuficientes para atender aos habituais freqüentadores e para atender a um aumento na demanda. Faltam bibliotecas nas microregiões, onde se concentram os pobres excluídos do consumo. O livro e os autores que assim o desejarem precisam estar onde o povo está. E o governo precisa ser o facilitador desse encontro, patrocinando os meios necessários para que ele se dê em igualdade de oportunidade para aqueles que não podem pagar pelo livro, qualquer que seja o formato que ficar acordado entre as partes.
Eram cegos muitos dos sábios e pensadores da antiguidade e são cegos muitos dos sábios e pensadores da atualidade, nas mais diversas áreas do conhecimento e das manifestações artístico-culturais. São os cegos, os cegos-surdos e as pessoas com baixa-visão a razão maior para nos anteciparmos ao futuro, pagando a enorme dívida social contraída com os brasileiros privados do direito legítimo de ler por falta de acesso em todo o território nacional. Parte deles representada na 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Brasília, 12 a 15/5/06), sob o tema "Acessibilidade: você também tem compromisso".
NOVA MENTALIDADE
Muito antes da criação do alfabeto o ser humano recorria a primitivas formas de registros para se comunicar. O livro já foi produzido com os elementos mineral, vegetal e animal; fez perpetuar o "verbo" em papiro, pergaminho, papel, gravura, manuscrito e iluminura. Nos mais variados modos registrou o pensamento e a evolução humana. De geração para geração, desde os rolos de papiro do antigo Egito e das telas de seda da China, o livro eternizou civilizações nas mais diversas formas para atender à necessidade de comunicação e expressão. E sempre houve quem cuidasse de sua perpetuação como o mais importante ativo da riqueza acumulada pela humanidade nas suas lutas através dos tempos.
São os anônimos bibliotecários, desde os tempos de Alexandria, que zelam pelo conteúdo encerrado nos livros. Em tempo algum a vida foi fácil para o leitor de livros e jamais deverá ser porque em cada fase da nossa evolução aparecerão desafios. Assim será numa perspectiva evolucionista. Ao leitor do futuro todas essas discussões serão superadas, da mesma forma como nossos antepassados superaram a censura ao livro feita pela Coroa Portuguesa, no início da colonização. De igual maneira como a nossa geração enfrenta com disposição tantas formas de censura e arbítrio que se interpõem no caminho do entendimento e da conquista de uma nova consciência que nos permita cumprir a principal missão na Terra que nos foi dada habitar: a união pacífica entre todos povos e o seu progresso material e espiritual. Nesse sentido, o livro, mais uma vez, e os seus leitores excluídos são os protagonistas de uma nova mentalidade que culminará na indústria com o desenvolvimento de uma série de produtos de leitura acessível.
O futuro começa aqui. Soyuz, que em russo quer dizer "união".
Livro acessível inaugura a indústria do futuro
Este artigo foi eixo temático do caderno de textos da 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada em Brasília, em maio de 2006, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Fui a única escritora de livros para os públicos infantil e juvenil a participar da redação de artigos técnicos para o evento. O livro acompanha a evolução da humanidade desde o alvorecer da história. Há quatro séculos inspirou a produção industrial em série, antecipando-se à indústria moderna. No limiar do século 21, novamente o livro se adianta à história da indústria do futuro para universalizar o acesso à informação e ao conhecimento nele encerrados.
Milhões de brasileiros estão excluídos do direito legítimo à informação, sem a qual não se dá o conhecimento e não se educa um povo para ser livre e empreendedor. Também não há sociedade democrática sem o livre acesso à informação, que não deve ser prerrogativa da minoria. Da mesma forma, não deve ter a minoria o poder decisório sobre o que milhões irão ler, ouvir, assistir e consumir.
Como pode o livro custar mais caro para o leitor brasileiro do que custa para o leitor norte-americano? Como explicar o preço tão alto no Brasil com todos os incentivos fiscais concedidos pelo governo? Como explicar a falta de acesso ao livro na Idade da Multimídia? Como não oferecer o formato acessível por supostos problemas com o direito autoral? Os profissionais da informática já deram soluções para derrubar esse preconceito. Da parte dos autores, tudo o que desejamos é ver as nossas obras nas mãos dos leitores, seja em que formato for.
Pirataria? Não há softwares mais violados no mundo do que os produzidos pela empresa de Bill Gates. Isso não impediu que ele fosse um dos homens mais ricos do planeta. A multimídia tem potencial para ser a mais poderosa das formas de comunicação de ideias que qualquer outro meio inventado porque é a junção de todos eles e ainda adiciona a interatividade com o usuário (no caso do livro, o leitor). Ainda é um recurso de alto custo, desafio que pode ser derrubado. Afinal, não foi olhando para os custos que o ser humano desafiou e venceu a gravidade na conquista do espaço.
A questão do livre acesso ao conhecimento, à informação e à educação por meio desta tradicional mídia, o livro, não se concentra apenas no aspecto relacionado ao preço. A população reclama igualdade de oportunidade no acesso ao livro. Encontrar o livro na livraria e não poder comprá-lo porque é caro é tão ruim como ter o dinheiro para comprar e não encontrá-lo em formato acessível. Há que se encontrar um padrão que atenda às necessidades dos leitores cegos ou com baixa visão e que haja entendimento sobre a necessidade de se banir a vergonhosa dívida social da exclusão ao livre acesso à leitura.
DIREITO LEGÍTIMO
A população reclama por mais espaços públicos de acesso ao livro, por acervos mais completos e atualizados e por um formato de livre acessibilidade à leitura. Esse clamor pela inclusão encontra ressonância entre os escritores que não encontram espaços nem iniciativas por parte dos gestores que facilitem o encontro entre autores livres e o público. As bibliotecas, seus acervos, seus recursos de multimídia (quando existem computadores e recursos de interatividade) e horários de funcionamento ainda são insuficientes para atender aos habituais freqüentadores e para atender a um aumento na demanda. Faltam bibliotecas nas microregiões, onde se concentram os pobres excluídos do consumo. O livro e os autores que assim o desejarem precisam estar onde o povo está. E o governo precisa ser o facilitador desse encontro, patrocinando os meios necessários para que ele se dê em igualdade de oportunidade para aqueles que não podem pagar pelo livro, qualquer que seja o formato que ficar acordado entre as partes.
Eram cegos muitos dos sábios e pensadores da antiguidade e são cegos muitos dos sábios e pensadores da atualidade, nas mais diversas áreas do conhecimento e das manifestações artístico-culturais. São os cegos, os cegos-surdos e as pessoas com baixa-visão a razão maior para nos anteciparmos ao futuro, pagando a enorme dívida social contraída com os brasileiros privados do direito legítimo de ler por falta de acesso em todo o território nacional. Parte deles representada na 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Brasília, 12 a 15/5/06), sob o tema "Acessibilidade: você também tem compromisso".
NOVA MENTALIDADE
Muito antes da criação do alfabeto o ser humano recorria a primitivas formas de registros para se comunicar. O livro já foi produzido com os elementos mineral, vegetal e animal; fez perpetuar o "verbo" em papiro, pergaminho, papel, gravura, manuscrito e iluminura. Nos mais variados modos registrou o pensamento e a evolução humana. De geração para geração, desde os rolos de papiro do antigo Egito e das telas de seda da China, o livro eternizou civilizações nas mais diversas formas para atender à necessidade de comunicação e expressão. E sempre houve quem cuidasse de sua perpetuação como o mais importante ativo da riqueza acumulada pela humanidade nas suas lutas através dos tempos.
São os anônimos bibliotecários, desde os tempos de Alexandria, que zelam pelo conteúdo encerrado nos livros. Em tempo algum a vida foi fácil para o leitor de livros e jamais deverá ser porque em cada fase da nossa evolução aparecerão desafios. Assim será numa perspectiva evolucionista. Ao leitor do futuro todas essas discussões serão superadas, da mesma forma como nossos antepassados superaram a censura ao livro feita pela Coroa Portuguesa, no início da colonização. De igual maneira como a nossa geração enfrenta com disposição tantas formas de censura e arbítrio que se interpõem no caminho do entendimento e da conquista de uma nova consciência que nos permita cumprir a principal missão na Terra que nos foi dada habitar: a união pacífica entre todos povos e o seu progresso material e espiritual. Nesse sentido, o livro, mais uma vez, e os seus leitores excluídos são os protagonistas de uma nova mentalidade que culminará na indústria com o desenvolvimento de uma série de produtos de leitura acessível.
O futuro começa aqui. Soyuz, que em russo quer dizer "união".
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