04/06/2015

MOACYR FRANCO SENSIBILIZA SOBRE A CEGUEIRA

 
SBT (SP) Programa do Ratinho Depois de um cochilo abrimos os olhos no mesmo instante, eu e mamãe. Não raro isso acontece. Acordamos e dormimos no mesmo horário, temos ideias ao mesmo tempo sobre o que fazer, comer pipocas e coisas simples do cotidiano, agora restrito ao nosso lar. Na tela da tevê, Moacyr Franco (5/10/36, Ituiutaba-MG) terminava mais uma de suas memoráveis interpretações. Acordei ouvindo trecho de Suave é a Noite, uma de suas centenas de composições românticas. Uma pausa no canto e a sequência da narração de uma linda história de amor.
Falava sobre uma senhorinha pobre que resolveu adotar um menino cego, a última das crianças que ficou num abrigo de menores porque pessoa alguma se interessou por ele por causa da cegueira. Ela decidiu adotá-lo, contrariando a vontade do marido. Ele acabou abandonando a mulher e ela, sozinha, cuidou de si e do menino, guiando-o pelos caminhos da vida. Certo dia ela adoeceu e foi hospitalizada. Ao lado do leito de morte, um médico disse ao filho: “sua mãezinha fechou os olhos e está no céu, caminho que você jamais encontrará porque somente ela conhece”.

Se o amor e o romantismo não estivessem fora de moda, para muitos, tenho certeza que esse texto tocaria os olhos do sentido oculto de muitos filhos e filhas que, mesmo dotados da visão, estão cegos. Haverão de procurar as mãos de suas mãezinhas e pedir a bênção para, quem sabe, encontrar o caminho do céu.

“Minha mãe me fez rezar
Para ser feliz um dia

A felicidade passou
Foi durante a noite e eu dormia...

Me ensinou a semear
Plantei rosa, fiz canteiro

Mas enquanto eu reguei semente
Desmataram esse mundo inteiro”

Pedágio, de Moacyr Franco, cantor, intérprete, autor, compositor, ator, apresentador de tevê.


 
 

2 comentários:

  1. Que linda história, Gisele!!!
    Me faz lembrar, Exúpery quando diz: "O essencial é invisível aos olhos"!
    E será que é com estes nossos 5 sentidos -atrofiados- que sentiremos os mundos internos???
    Bjos...
    Edna

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  2. Miosótis, os mundos internos são os cumes mais altos a desafiar o ser humano porque há vida após a vida.

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Agradeço pela sua presença. Abraço meu, Gisele