22/07/2013
16/07/2013
RESPEITO AO PACIENTE. O QUE É ISSO?
Sexta, 12/7/13. Fui fazer
tomografia com contraste da
minha coluna, pedido pela médica. Ela também solicitou exames de sangue e
urina. Resolvi deixar a coleta do sangue para outra data para não prejudicar o exame de imagem, acaso não conseguissem me puncionar para dois exames invasivos ao mesmo tempo.
Tenho extrema dificuldade de acesso venoso porque minhas
veias são finas e adquiri trauma de ser puncionada, nas milhares de
vezes em que fui submetida a esse processo, durante ano e meio, decorrente de infecções no pós-operatório.
Ocorre que, no instante após me transferirem para a mesa do
tomógrafo, colocaram-me na maca de novo e levaram-me para uma sala de
ultrassom e disseram que tinham ordem para fazer a coleta do meu sangue.
A ordem foi dada pela diretora do convênio hospitalar, que teria ido pessoalmente
orientar seus subordinados. Depois uma técnica de enfermagem do pronto-socorro puncionou meu
braço direito duas vezes e colocou um acesso com soro dentro. Disse que tinha ordem
para coletar o meu sangue, mas não conseguiu. Deixou o acesso lá e saiu.
A enfermeira
responsável pelo Serviço
de Imagens, que é terceirizado, ficou desconfortável porque, além de
não obter sucesso, a técnica de enfermagem aplicou soro no acesso que receberia
o contraste, o que não é permitido, segundo ela me explicou, razão pela qual me
foi pedido jejum de 6 horas. Além disso, a mesma deixou a grade da maca
abaixada, do lado direito, e foi embora, deixando-me sozinha na sala, o que
também é proibido. Eu poderia ter tido um espasmo e ter caído da maca.
Após quase vinte minutos, a chefe do
serviço de imagens conduziu-me à sala da TC e, novamente, fui colocada na mesa do
tomógrafo.
Quando iniciaram os trabalhos, mais uma vez o
pessoal da tomografia foi interrompido para um técnico de enfermagem tirar
sangue do meu braço. Ele me puncionou duas vezes, sem sucesso.
O trabalho dos técnicos da tomografia
recomeçou e, mais uma vez, foi interrompido porque uma enfermeira do
pronto-socorro entrou rápida e objetiva, sem explicações, para tentar me
puncionar, desta vez, numa artéria.
Fui puncionada cinco vezes, de forma muito
dolorosa, e perdi a paciência ao presenciar tamanho desrespeito para com o
trabalho dos técnicos do tomógrafo e para comigo, paciente.
Fiquei com o rosto vermelho. Disse à enfermeira
que puncionou minha artéria que quando isso ocorre é devido ao desconforto dos
espasmos dolorosos e minha pressão se eleva. Ela saiu da sala sem nada dizer.
A técnica do serviço de tomografia jamais
errou ao puncionar-me para colocar o contraste e, neste dia, foi tirado dela
realizar o seu trabalho.
Fiquei triste e chorei muito pelo desconforto
da situação e pelas lembranças de episódios semelhantes que, infelizmente,
venho acumulando ao longo desta minha nova vida, iniciada há três anos e quatro
meses.
Chorei pelo que já passei nas mãos de pessoas
que não respeitam nem a agenda e a rotina dos serviços especializados de imagem,
quem dirá uma paciente como eu, sem a menor condição de auto-ajuda, sobre uma
maca.
Mas Ele estava lá, comigo, e mais uma vez
redobrou minhas forças para vencer as misérias deste mundo.
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