14/06/2007

SERGIO AMARAL

"Tenho um monte de amigo e o cê, tia?", me perguntou a bela adolescente. "Meu orkut tá bombando", emendou orgulhosa diante da sua página na comunidade virtual orkut.
Sorri e lhe falei sobre companheiros de escola, trabalho e outras jornadas, mais conhecidos como colegas. Um colega pode chegar a ser amigo mas, ao longo de uma vida, poucos conseguem manter o seu lugar no pódio.
Colegas entram e saem das nossas vidas. Muitos desaparecem, nunca mais temos notícias deles.
Amigos entram em nossas vidas e ficam para sempre, mesmo que a vida nos afaste em diferentes e distantes caminhos. Mesmo sem notícias dos amigos, jamais os esquecemos. Estarão vivos em nossas lembranças, para sempre.
Felizes são os amigos que não se afastam, mesmo trilhando caminhos diferentes. Mesmo sem jamais se reencontrarem, além da lembrança e da boa palavra.
Feliz de mim que hoje recebi a boa palavra do querido poeta Sergio Amaral (ler post abaixo). Um colega de trabalho que virou amigo e me conquistou com a boa palavra, a elegância, os saberes.
Sergio me trouxe a lembrança de um tempo que já vai longe, quando trabalhei na gerência de Comunicação do Banco Francês e Brasileiro (hoje, Itaú Personnalité), com os inesquecíveis Lourival, Claudio Costa e Novaes. Deste trio, mantenho o contato com o amigo Claudio, até hoje. Nos falamos dia 11, quando liguei para cumprimentá-lo pelo aniversário. Uma das pessoas mais íntegras e leais que conheci. Tenho saudade do Novaes, que me confiava cheque em branco. Muito difícil alguém receber e dar crédito assim...
Eu cuidava da comunicação interna do banco e editava a revista Franjour, a menina dos olhos da nossa diretoria. Sergio era executivo da área de underwriting. Associado ao Crédit Lyonnais, o BFB mantinha a tradição francesa de incentivo à cultura e às artes. Por isso, foi muito fácil descobrir e revelar para todos o poeta e escritor Sergio Amaral, também crítico literário, lotado na área financeira do banco. Ele foi convidado e aceitou colaborar com a editoria de literatura da revista Franjour, chamada por nós de Estante. Um sucesso.
Trabalhar na Comunicação do BFB foi uma etapa muito importante da minha carreira. O ambiente social do banco era intenso e favorável ao desenvolvimento da amizade e do intercâmbio cultural entre Brasil e França. Cheguei a ser correspondente da Comunicação do Crédit Lyonnais na filial brasileira, enviando notícias do BFB e do Brasil para a revista irmã do Franjour, em Paris.
Sergio, que lembranças boas você me traz. Por isso, homenageio você e o BFB-Crédit Lyonnais publicando uma das capas da revista Franjour e a página da divulgação interna que fizemos para anunciar a sua estréia, na editoria de Literatura.
Merci, chéri ami Sergio.
Tu c'est bienvenue.
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SERGIO AMARAL é jornalista e economista pela USP. Poeta, contista e crítico de literatura brasileira dos jornais O Globo e Gazeta Mercantil. Ganhou vários prêmios literários, inclusive no Exterior. Autor do livro "Vida felina" (1982), merecedor de elogios de Pedro Nava, Nélida Piñon, Josué Montello e Artur da Távola. Participou de "Contos Premiados", livro editado em Portugal, com o conto "Passagens". Recebeu do poeta Carlos Drummond de Andrade o seguinte bilhete, em 1977, pela sua participação na coletânea Cara a Cara: "Li e senti uma consciência humana e atenta à realidade social de hoje. Isto é bom. Gosto de poetas inconformados e que levam esta inquietação para a sua poesia".









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