Jamais renunciarei a minha cruz porque sei que meu destino foi traçado com propósitos que não me cabe o entendimento. Somente a obediência me cabe. E que seja assim, com honra e dignidade, jamais ignorando as vidas que dependem da minha para viver.Feliz Semana Santa!
Num Domingo de Ramos, há cinco anos, nasci para uma nova vida. Um calvário de dor e sofrimento. Pelo meu caminho sobre rodas vou encontrando pessoas desconhecidas que Deus coloca em cada estação para me auxiliar a carregar a cruz pesada que trago nas costas.
Hoje, a moça que me auxilia a sair da cama e faz meus curativos, me levou até o mercado para as compras do mês, com minha mãe. Depois nos despedimos, ela foi cuidar da sua família e nós compramos o necessário. Minha mãe tem baixa estatura e eu, na cadeira de rodas, fico do tamanho dela. Não faltou quem nos auxiliasse a pegar os produtos, colocar no carrinho e passar um por um pelo caixa. Depois, um funcionário nos auxiliou a colocar tudo em caixas e a arranjar as mercadorias no carrinho.
Um taxista simpático levou minha mãe e as compras enquanto eu fui tocando a cadeira com muita dor e esforço até chegar na rua de casa. Sem auxílio especializado não é prudente que eu ande em carros comuns, somente em vans adaptadas. Por esse motivo somente saio aos domingos, mesmo assim tocando a cadeira pelo meio da rua para evitar quedas.
Um pintor que trabalhava na porta de casa me auxiliou a subir a calçada e alcançar o portão de entrada da minha casa.
Auxiliei minha mãe a guardar tudo, com ajuda do taxista, passei pano na casa toda, pendurei roupas no varal e outros pequenos serviços enquanto minha mãe esquentava o nosso almoço.
Estou até esta hora na cadeira, com as mesmas dores do amanhecer ao anoitecer. Depois de fazer o registro deste meu 5º ano de vida nova ainda vou cuidar da pele, pelo e higiene do meu querido mascote e cuidador 24 horas. Estou falando do Tobinho, é claro.
Para quem está próximo mas se tem feito de morto por estar doente do não sentir, tenho dito que, infelizmente, está me matando aos poucos porque ainda não adquiri a força do Senhor para deixar de sofrer pelos que ignoram e desprezam quem foi colhido pela desgraça, sem chance de autoajuda. Que Deus tenha piedade de quem está doente do não sentir.
Graças a Deus amo, luto, me esforço, sofro derrotas, me alegro com as pequenas conquistas, todos os dias da minha vida. Jamais renunciarei a minha cruz porque sei que meu destino foi traçado com propósitos que não me cabe o entendimento. Somente a obediência me cabe. E que seja assim, com honra e dignidade, jamais ignorando as vidas que dependem da minha para viver.
Feliz Semana Santa!
Num Domingo de Ramos, há cinco anos, nasci para uma nova vida. Um calvário de dor e sofrimento. Pelo meu caminho sobre rodas vou encontrando pessoas desconhecidas que Deus coloca em cada estação para me auxiliar a carregar a cruz pesada que trago nas costas.
Hoje, a moça que me auxilia a sair da cama e faz meus curativos, me levou até o mercado para as compras do mês, com minha mãe. Depois nos despedimos, ela foi cuidar da sua família e nós compramos o necessário. Minha mãe tem baixa estatura e eu, na cadeira de rodas, fico do tamanho dela. Não faltou quem nos auxiliasse a pegar os produtos, colocar no carrinho e passar um por um pelo caixa. Depois, um funcionário nos auxiliou a colocar tudo em caixas e a arranjar as mercadorias no carrinho.
Um taxista simpático levou minha mãe e as compras enquanto eu fui tocando a cadeira com muita dor e esforço até chegar na rua de casa. Sem auxílio especializado não é prudente que eu ande em carros comuns, somente em vans adaptadas. Por esse motivo somente saio aos domingos, mesmo assim tocando a cadeira pelo meio da rua para evitar quedas.
Um pintor que trabalhava na porta de casa me auxiliou a subir a calçada e alcançar o portão de entrada da minha casa.
Auxiliei minha mãe a guardar tudo, com ajuda do taxista, passei pano na casa toda, pendurei roupas no varal e outros pequenos serviços enquanto minha mãe esquentava o nosso almoço.
Estou até esta hora na cadeira, com as mesmas dores do amanhecer ao anoitecer. Depois de fazer o registro deste meu 5º ano de vida nova ainda vou cuidar da pele, pelo e higiene do meu querido mascote e cuidador 24 horas. Estou falando do Tobinho, é claro.
Para quem está próximo mas se tem feito de morto por estar doente do não sentir, tenho dito que, infelizmente, está me matando aos poucos porque ainda não adquiri a força do Senhor para deixar de sofrer pelos que ignoram e desprezam quem foi colhido pela desgraça, sem chance de autoajuda. Que Deus tenha piedade de quem está doente do não sentir.
Graças a Deus amo, luto, me esforço, sofro derrotas, me alegro com as pequenas conquistas, todos os dias da minha vida. Jamais renunciarei a minha cruz porque sei que meu destino foi traçado com propósitos que não me cabe o entendimento. Somente a obediência me cabe. E que seja assim, com honra e dignidade, jamais ignorando as vidas que dependem da minha para viver.
Feliz Semana Santa!
Descrição da imagem: Jesus Cristo |
Gisele, agradeço seu posto, bonito e dolorido como a Semana Santa. Domingo de Ramos tem a ver com triunfo. Sua luta diária também. Você está nas minhas orações da manhã. Seu nome me aparece frequentemente. Que a coragem e a luz estejam ao seu lado! Um beijo carinhoso, Marta Gil
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