Hoje recebi a visita de outro colega da Prefeitura do Município de Osasco. O Enfº Felisberto Pereira Lima, do Programa de Atendimento Domiciliar (PAD), da Secretaria de Saúde. Igual a do fisioterapeuta, uma visita profissional.
Quando ligaram-me agendando fiquei meio preocupada pois estava acostumada com a Enfª Mariselma Gimenes. Entre mulheres fico mais à vontade devido ao grau de comprometimento motor e fisiológico em que me encontro.
Nada como um dia após o outro para eu me acostumar com a nova vida. Agora não pode mais haver espaço para a timidez, o pudor, o choro e o recato quando se tratar da minha relação com os profissionais da saúde e cuidadoras. Preciso me adaptar para viver.
Imagine que graças ao profissionalismo do Enfº Felisberto, hoje, deixei a fralda, ainda que experimentalmente, e estou usando a minha calcinha de algodão favorita. Estava esquecida na gaveta do meu guarda-roupas, no meu quarto, onde jamais pude entrar após o acidente, em março de 2010. São 23 degraus até a minha antiga casa, onde talvez não mais voltarei sem um elevador ou outro tipo de adaptação capaz de me fazer subir sentada, na minha cadeira..
CALCINHA - Você deve estar rindo da importância que dei para uma simples e velha calcinha de algodão. Ocorre que há dois anos e meio uso fraldas por causa das feridas na bunda. O mais engraçado é que além do elástico velho e bem soltinho ela tem a estampa de uma criança andando de bicicleta. A diferença agora é que a minha "bicicleta" tem duas rodinhas pequenas e duas grandes. Hoje, Felisberto colocou-me em decúbito para aplicar dois curativos hidrocoloides franceses, um no glúteo e outro na região sacral. São curativos muito caros, de rápido resultado no fechamento das úlceras, explicou ele. O ideal é que permaneçam até sete dias e resistam ao suor do corpo e a água do banho. Por isso a fralda deu lugar à calcinha de algodão. O algodão absorverá a umidade para o bom resultado.
Vamos torcer para dar certo. Do contrário, valerá o longo, cansativo e também custoso tratamento convencional das velhas e boas pomadas.
Passo a passo, com a ajuda do pessoal do convênio hospitalar, do PAD e da AACD vou vencendo barreiras que pareciam intransponíveis.
Deus, em nome de Jesus, muito agradecida por mais este dia. Tome conta da Gi. Ela está em suas mãos e confia em ti. Cuide bem da pequena Giovana, ela também precisa muito de ti. Amém.
Quando ligaram-me agendando fiquei meio preocupada pois estava acostumada com a Enfª Mariselma Gimenes. Entre mulheres fico mais à vontade devido ao grau de comprometimento motor e fisiológico em que me encontro.
Nada como um dia após o outro para eu me acostumar com a nova vida. Agora não pode mais haver espaço para a timidez, o pudor, o choro e o recato quando se tratar da minha relação com os profissionais da saúde e cuidadoras. Preciso me adaptar para viver.
Imagine que graças ao profissionalismo do Enfº Felisberto, hoje, deixei a fralda, ainda que experimentalmente, e estou usando a minha calcinha de algodão favorita. Estava esquecida na gaveta do meu guarda-roupas, no meu quarto, onde jamais pude entrar após o acidente, em março de 2010. São 23 degraus até a minha antiga casa, onde talvez não mais voltarei sem um elevador ou outro tipo de adaptação capaz de me fazer subir sentada, na minha cadeira..
CALCINHA - Você deve estar rindo da importância que dei para uma simples e velha calcinha de algodão. Ocorre que há dois anos e meio uso fraldas por causa das feridas na bunda. O mais engraçado é que além do elástico velho e bem soltinho ela tem a estampa de uma criança andando de bicicleta. A diferença agora é que a minha "bicicleta" tem duas rodinhas pequenas e duas grandes. Hoje, Felisberto colocou-me em decúbito para aplicar dois curativos hidrocoloides franceses, um no glúteo e outro na região sacral. São curativos muito caros, de rápido resultado no fechamento das úlceras, explicou ele. O ideal é que permaneçam até sete dias e resistam ao suor do corpo e a água do banho. Por isso a fralda deu lugar à calcinha de algodão. O algodão absorverá a umidade para o bom resultado.
Vamos torcer para dar certo. Do contrário, valerá o longo, cansativo e também custoso tratamento convencional das velhas e boas pomadas.
Passo a passo, com a ajuda do pessoal do convênio hospitalar, do PAD e da AACD vou vencendo barreiras que pareciam intransponíveis.
Deus, em nome de Jesus, muito agradecida por mais este dia. Tome conta da Gi. Ela está em suas mãos e confia em ti. Cuide bem da pequena Giovana, ela também precisa muito de ti. Amém.
SEM CALCINHAS. VOLTAM AS FRALDAS. Não consegui ficar com os curativos. Eles foram soltos pelo calor e umidade do corpo. O tipo de lesão medular sofrida por mim deixou-me com a temperatura do corpo em desequilíbrio. Suo muito, às vezes um suor frio, outras vezes um suor quente. Não dá para prever ou evitar. Assim como os espasmos o suor é involuntário e terei que encontrar um modo de ser feliz, mesmo sabendo que a minha calcinha de algodão voltará para a gaveta e as feridas voltaram, hoje, ao tratamento convencional.
ResponderExcluirÉ a vida. E pode ser bonita. Depende de nós, de quem já foi ou ainda é criança...
Gisele,recebi um convite para fazer parte de sua comunidade e o link veio até seu blog,do qual já sou seguidora mas não sabia que tinha voltado a postar! Seu texto me emocionou, pois nas pequenas coisas,grandes avanços!Fico contente por esses avanços e sei como cada conquista é enorme quando se trata de saude!Gisele,me manda um recadinho se precisar de alguma coisa,tá?Bjs,
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